Na
grande maioria dos municípios brasileiros, já temos milhares de prefeitos
eleitos e outros na disputa no segundo turno.
As
novas regras eleitorais trouxeram mudanças no cenário político, principalmente
com o fim da reeleição que acabou com o sonho do mandato de oito anos.
O
que isto muda no contexto de planejamento e exercício do mandato?
O
prefeito e os partidos deverão ter visão estratégica, porque sempre haverá o
risco de perda da continuidade administrativa com a troca de gestores a cada
quatro anos.
Sem
o peso do nome e da caneta do prefeito em exercício, os políticos e os partidos
serão obrigados a terem estratégias de longo prazo e isso será um grande
desafio aos gestores, uma vez que o Brasil não tem tradição em planejamento
estratégico na gestão pública.
A
população aumentou seu nível de exigência e as influências externas exigem o
planejamento e a gestão responsável, fazendo mais e melhor para atender as
demandas da sociedade com eficiência e eficácia. O cidadão não tolerará mais a
política imediatista, pois sabe que ela compromete o futuro do município e o
bem-estar da sociedade.
A
crise econômica, os problemas dos estados e do governo federal e o horizonte
sombrio afetam as contas municipais, exigindo que o município busque soluções
por iniciativa própria e esteja preparado para superar ou minimizar os efeitos
destes fatores.
O
prefeito deve ser proativo e se preparar na crise, para que o município seja o
primeiro a crescer quando a situação melhorar.
O
planejamento estratégico é a ferramenta de gestão mais adequada para isso, pois
prepara a máquina pública e a sociedade para enfrentar os desafios com clareza
e organização.
O
gestor público organiza todas as forças públicas e privadas da comunidade em prol
de um objetivo, o bem comum.
Se
você não conhece os problemas ou não sabe o que deu causa a eles, você tem um
grande problema. É preciso fazer uma análise isenta e profissional do ambiente
para reunir as forças que vão superar as questões que prejudicam o
desenvolvimento local.
A
sociedade, com a mediação do poder público, definirá as prioridades, as
urgências e o nível de importância dos problemas, e todos saberão qual seu
papel na vida social e política do município, eliminando ou diminuindo as
ameaças ao desenvolvimento municipal.
Os
gestores municipais têm que ter espírito público e se munir de ferramentas e
assessorias adequadas que tornem seu governo eficiente.
Esta
postura do homem público quando seguida de uma comunicação ágil, transparente e
segmentada gera dividendos políticos, porque a sociedade percebe com clareza o
ambiente e os benefícios gerados pelas ações do governo.
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