Estamos
na reta final da campanha e o grande vencedor, qualquer que seja o resultado,
está na cadeia, em Curitiba. Preso, calado, usa o silêncio para se agigantar
como vítima alimentado pelo discurso de seus adversários e inimigos e a
idolatria de seus seguidores.
Lula
é uma raposa e o ser mais político do Brasil, todos os seus movimentos são
estrategicamente pensados e taticamente executados com maestria.
Vai
fazer o PT ressurgir em todo o Brasil e, se a tendência das pesquisas se
confirmarem, Haddad vai chegar na frente de Bolsonaro no dia 7 de outubro.
Claro,
que o sucesso da estratégia de Lula deve muito aos erros do velho capitão e sua
equipe.
Começou
com seu posicionamento isolacionista e depois, graças a falta de confiança que
seu comportamento gera nos potenciais parceiros, foi obrigado a montar uma
chapa militar, restringindo ainda mais seu campo de atuação.
Continuou
na campanha com as desastrosas declarações suas e de seus assessores, deixando
claro o descompasso que reina entre sua visão de Brasil e a de seu vice e de
seu coordenador econômico, desautorizados imediatamente por ele.
O
atentado foi um “alento”, sustou o aumento de sua rejeição, rendeu tempo e
manchetes na mídia e o preservou do confronto nos debates, onde se mostrou
fraco e presa fácil para seus adversários.
Também
ajudaram a falta de dinamismo de Alckmin, os erros de posicionamento de Ciro, a
tibieza de Marina, a carga que o governo Temer faz Meireles carregar e a falta
de potencial eleitoral dos outros. O MDB repetiu a tática usada com Ulysses e com
Quércia, abandonando seu candidato a própria sorte, pensando apenas em manter o
controle do Congresso. Pra variar, veremos novamente o partido na presidência
da Câmara e do Senado coordenando o balcão de negociação, junto com PP, PTB,
centrão e baixo clero. Haja dinheiro!
A
própria Lava Jato, que poderia dar grande munição contra Lula e o PT, não
conseguiu avançar nos processos, enquanto Haddad surfou no anonimato até que o
STF lhe deu carta verde para fazer campanha.
Os
índices nas pesquisas representam mais o antipetismo que apoio real à
candidatura de Bolsonaro, porque apenas 10 a 12% do eleitorado, que representam
nossa extrema-direita, pertencem a ele.
Seu
potencial para um eventual segundo turno está entre 33% e 36% num segundo
turno. Ou muda ou seu sonho terá a duração de um voo de galinha.
Vamos
aguardar os movimentos em busca do voto útil e do voto “do contra” de todos os
candidatos e ficar atentos para o suspense da quinta/sexta-feira para alguma
surpresa ou denúncia bombástica.
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