Cincopes

on 21 setembro 2020

PLANEJAMENTO - O OURO DO SÉCULO XXI

 Dados são oportunidades de negócio

As commodities mais valiosas são o ouro e o petróleo. O primeiro por ser reconhecido como o lastro econômico mais estável e confiável, e o segundo por mover a maior cadeia econômica do mundo. A água também terá seu valor estratégico potencializado, sendo motivo de disputas entre nações ou organizações por rotas marítimas ou por reservas potáveis.

Pense agora, de que adianta a posse se não souber como transformá-los em poder e riqueza.

O mesmo acontece com os dados. Milhares de empresas, por todos os cantos do mundo, estão sentadas sobre uma mina com valor econômico, financeiro e político incalculável.

Seu banco de dados com clientes, fornecedores, colaboradores, mailing e outras formas de cadastro, tem informações preciosas esperando ser monetizadas.

Talvez, junto com a biotecnologia, o cientista de dados seja uma das mais importantes profissões do futuro. Toda empresa terá um ou contratará uma outra que possa fazer o garimpo em seus arquivos e apresentar formas de aproveitar as informações.

Hoje, cinco empresas dominam o mercado de dados no mundo, Google, de Larry Page e Sergey Brin, Facebook do Mark Zukerberg, Amazon do Jeff Bezos e Tencent e WeChat de Ma Huateng. Enquanto dois americanos dividem uma empresa, um chinês tem duas.

E você, empresário, tem sua própria mina com poder de se transformar num importante ativo, qualquer que seja o tamanho de sua empresa.

De acordo com uma pesquisa feita com empresários e executivos de grandes empresas pela ASG Technologies Group, 45% dos entrevistados acredita que suas empresas não conseguem extrair o total valor dos dados na rotina de trabalho e ainda 63% afirmam que suas operações utilizaram dados imprecisos, desatualizados ou ruins como fonte de informação para a tomada de decisões nos últimos doze meses.

43% perderam tempo e dinheiro em um projeto, e 37% geraram projetos ineficientes.

34% levam de 16 a 20 horas de trabalho manual para coletar dados, mostrando que faltam ferramentas e processos para o gerenciamento das informações.

Se isso acontece com grandes corporações, imagine nas pequenas e médias empresas ou naquelas em que o CEO ou corpo diretivo é resistente ou desconhece o poder da tecnologia compartilhada com quem pode gerar resultados.

Hoje, o grande usuário dos dados é o setor de TI e deve haver uma política de compartilhamento com as áreas de negócio. Menos de 23% das empresas têm cientistas de dados ou pessoal de negócios de fora da área de tecnologia explorando os recursos dos dados para obter informações em suas organizações.

Comercial, marketing, novos negócios, desenvolvimento de produtos, analistas de mercado, especialistas em comportamento do consumidor e os perfiladores de usuários, consumidores e clientes devem ter total acesso aos dados, porque são profissionais com competência e conhecimento para melhorar desempenho, aprimorar produtos ou criar serviços e produtos que atendam as necessidades do mercado.

Precisamos falar em democratização e alfabetização de dados, chaves para aproveitar o valor das informações. São fundamentos negligenciados e sem os quais não há como avançar com a rapidez necessária para acompanhar as necessidades das empresas.

A falta de políticas e estruturas para a análise correta de dados é, cada vez mais, um dos principais fatores para o desperdício do tempo e dinheiro, além de causar prejuízos à eficiência das modernas operações baseadas em informações e processos digitais.