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on 09 junho 2021

PLANEJAMENTO - VENTURE BUILDING

O Marco Legal das Startups e do Empreendedorismo Inovador regulamenta uma relação existente desde 2011 e cria novas oportunidades para acelerar a inovação de grandes empresas.

Muitas empresas estão começando a focar em Venture Building, monitorando, entendendo ou investindo no cluster do seu negócio. Algumas chegam a fazer aquisições de empresas satélites, fornecedores que impactam ou startups relacionadas ao seu core business.

Sua relação pode ser também de investidor, acelerador ou equity.

Startups com potencial de crescimento a partir de 20% ao ano, que já passaram pelo investimento inicial, gestão transparente e quadro de sócios ou gerencial múltiplo e complementar são potenciais scale ups. Esse último ponto é muito importante, porque as visões diferentes permitem a leitura correta do negócio, uma visão mais abrangente do mercado e a avaliação se você tem um Product Market Fit, um produto com aderência e que resolva realmente um problema do mercado, não apenas na imaginação do empreendedor.

No início de junho último, o Governo Federal publicou a Lei Complementar 182/21, o novo Marco Legal das Startups e do Empreendedorismo Inovador com medidas de estímulo à criação de novas empresas inovadoras, estabelece incentivos aos investimentos por meio do aprimoramento do ambiente de negócios, facilita a contratação de soluções inovadoras pela administração pública e traz maior segurança jurídica a empreendedores e investidores.

A Lei simplifica e desburocratiza, reduz custos, aumenta a segurança jurídica e amplia a possibilidade de investimentos nessas empresas.

Grandes empresas e corporações estão de olho no mercado buscando parcerias que acelerem seus processos de inovação e resolvam gargalos do seu negócio. A lei vai aumentar os movimentos de venture building e aquisições pelas empresas que foram surpreendidas pela mudança de cenário com a pandemia.

As startups se mostraram mais ágeis e competentes na crise, ganharam mercado e se tornaram focos de programas de Open Innovation em parceria ou join venture com grandes empresas.

As empresas passaram a entender que inovação é um fim e não um meio. Inovação é prioridade e deve estar no core do negócio.

Esse processo exige que as empresas capacitem líderes em inovação, tenham um business development focado em soluções, inovação e caçada implacável às scale ups. Muitas criaram hubs incentivando o intraempreendedorismo e o sucesso da iniciativa acabou gerando uma spin-off.

A vantagem para as grandes empresas e corporações é a aceleração na inovação, soluções de ponta, geração de valor, up na qualificação, melhores negócios, eficiência operacional e impacto social.

A crise está cada vez mais próxima do fim ou da estabilidade em patamares bem menores, fazendo do agora um momento que você não pode deixar passar. O ambiente é propício e a lei dá segurança para ambos os lados.