Um bom produto é IMPORTANTE, um bom mercado é ESSENCIAL, uma boa equipe é FUNDAMENTAL.
O mais
importante em uma empresa é encontrar um mercado para seu produto, porque você
pode ter a melhor equipe do mundo, o produto perfeito, mas sem mercado, não há
negócio.
E quem encontra
o mercado, perfila o cliente e modela o produto até transforma-lo num Product
Market Fit? É a equipe.
Acontece que
uma boa equipe não se faz de uma hora para outra. É preciso estruturar com
cuidado, aproximar complementaridades e perfis pessoais, criar um ambiente
produtivo e leve, unir experiência e academicismo, incentivar a rotação de
atividades, provocar a criatividade e a iniciativa, dar liberdade e autonomia.
O gestor ou
líder capaz deve cercar-se de sabedoria e talentos, pessoas que saibam mais que
ele para beber do conhecimento alheio.
Isso exige
uma troca de mentalidade também do colaborador acostumado com estruturas
hierárquicas, onde o líder sabe tudo.
Cultura Ágil não
pode ser apenas força de expressão. Sem as pessoas certas, não há agilidade que
resolva.
A
empresa, além de ser atraente aos talentos, precisa saber retê-los alinhando
novas práticas de gestão dentro de uma estrutura organizacional ágil, menos
hierárquica e mais fluída. O foco não é mais o cargo, mas como o potencial individual
pode contribuir para encontrar soluções e agregar valor a um projeto ou ação da
empresa.
Os
líderes setoriais estão se tornando fundamentais junto a área de RH porque eles
passam a ter a responsabilidade de definir competências e salários, assim como escolher
ferramentas e nível de automação. O “The
Future of Jobs Report”, do Fórum Econômico Mundial, prevê que até 2025, 48% do trabalho no mundo será executado
por pessoas e 52% por máquinas. Para
você entender a velocidade da mudança, hoje, 30% é automatizado. Nesse cenário,
sumirão 75 milhões de vagas
obsoletas, mas surgirão 133 milhões
de novas oportunidades.
Não
é o fim para o trabalhador, é a gênesis
de um novo perfil profissional. O trabalho repetitivo será entregue a robôs/máquinas e a parte criativa, ao ser humano, portador dos
fundamentos da CRIATIVIDADE, a liberdade e a autonomia.
PERSONA
Particularmente,
sempre que possível, estruturo equipes com pessoas que tenham um perfil que
considero próximo do ideal.
TER VIDA PESSOAL E HOBBIES – Pessoas que vestem a camisa da empresa até
fora do horário de trabalho são apegadas ao emprego, não ao trabalho ou ao
negócio. Ter vida pessoal e outros compromissos faz com que elas sejam
extremamente produtivas durante o horário de trabalho, pois sabem que não terão
tempo para retrabalho ou procrastinação. Eles vivem o mundo, são observadores,
intuitivos e criativos, com muito mais chances de encontrar respostas e soluções.
PENSAM GRANDE E TEM PROPÓSITO DE VIDA CLARO – Não pensam grande pela empresa, mas por
sua vida. O colaborador não trabalha para o líder, chefe, gestor ou para a
empresa. Ele trabalha para si, para conquistar objetivos pessoais, viajar,
aprender, construir sua vida e de sua família. Esse ponto é fundamental, isso o
motiva a fazer sempre o melhor e um desafio para política de retenção da
empresa.
CRIAM AMBIENTES LEVES E DIVERTIDOS – Não é a empresa que cria o ambiente, mas
as pessoas, o time, a equipe. Elas convivem juntas, compartilham projetos, dividem
angústias, conquistam valor, agregam conhecimentos e festejam cada vitória
individual ou coletiva. Esse ambiente, físico ou virtual, gera muitas ideias e
entre elas sempre haverá uma boa ideia.
COMETEM ERROS E AVANÇAM – São o tipo de pessoa que aceita o erro de
baixo custo, desde que traga melhorias e aprendizados, e dividem a experiência
obtida com o time. Empresas ágeis não erram por errar, apenas arriscam com
condições controladas para usar o erro na melhoria de processos, aprender com
eles.
SÃO ÁGEIS... - Autonomia, flexibilidade e colaboração definem
o profissional ágil. Empresas que adotam o conceito “lean startup” ou metodologias
como Kanban e Scrum, buscam esse perfil. Sem paredes ou hierarquia, profissionais
de diversos setores formam squads, uma
equipe multidisciplinar com objetivo comum, agregar valor e melhorar a jornada
de entrega de projetos. Trabalhando juntos, presencialmente ou não, prescindem
da quebra de ritmo ocasionada por atividades que geram desperdício, como
reuniões improdutivas e calls
desnecessárias, por exemplo, aumentando a produtividade, engajamento e
motivação profissional.
.. HORIZONTAIS... A convivência, além de permitir uma visão
geral de todos os processos da empresa, leva ao desenvolvimento de um conjunto
de habilidades e competências, soft
skills e upskills, como trabalho
em equipe, flexibilidade comportamental, gestão de projetos, escuta ativa,
gestão de conflitos e riscos, proatividade, empatia, entre outros. Esse blend é quase um PDI.
... E TÊM INTELIGÊNCIA FLUIDA – São profissionais com flexibilidade
operacional, conhecimento eclético e capacidade de enfrentar novos problemas
com naturalidade e segurança. Uma
pessoa aberta a mudanças, que compreende seu processo permanente de construção
e desconstrução (lifelong learning) e
que através do autoconhecimento poderá descobrir e aperfeiçoar suas
competências e habilidades para evoluir.
É
um colaborador focado no
crescimento pessoal e profissional, que usa sua vivência para
aprimorar competências fundamentais para o profissional do Século XXI: o
pensamento complexo, a capacidade de cruzar variáveis e definir rumo num
ambiente incerto.
Dificilmente
você vai encontrar tudo isso em um candidato, mas o papel do líder é encontrar
a pessoa com potencial e ajuda-lo a preencher as lacunas que faltam.
O líder e os membros
de sua equipe devem se sentir seguros para se expressar, para mostrar suas
vulnerabilidades, isso faz surgir a confiança mútua para que as pessoas que
trabalham juntas sejam reconhecidas como uma equipe.
O verdadeiro líder
tem grandeza e coragem para expor suas limitações e, assim, sustentar sua
liderança em alto nível.
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