Esta
semana, participei de uma conversa que girou sobre a importância do erro e da
persistência no empreendedorismo e lembrei deste texto que escrevi há dois anos
e que tem muito a ver com o assunto. Não só no pessoal, mas na gestão de
pessoas, entender os limites e o potencial dos membros da equipe é uma
habilidade imprescindível do gestor de projetos ou líder de equipe. Segue o
texto.
É normal a vergonha ou o mal-estar ao nos flagrarmos em erro, mas esse sentimento não pode nos impedir de aprendermos com ele. Aproveitar os ensinamentos em nossos tropeços é sinal de sabedoria.
Falhamos
na evolução como seres humanos quando não admitimos que erramos e mais grave
ainda quando continuamos a persistir neles.
Admitir
nossas falhas é uma maneira positiva de aprendizado que pode se transformar em
ganhos e oportunidades.
Muitas
empresas têm manuais de procedimentos e processos e eles só se tornaram
realidade porque muitos erraram antes de você. A empresa melhorou seus
processos e todos ganharam.
Muito
do que sabemos é fruto de nossa própria experiência, um processo natural de
aprendizagem no ser humano. Segundo Jean Piaget, cada indivíduo constrói o seu
conhecimento ao longo do processo de desenvolvimento e o erro é um componente
poderoso. Avaliando os erros que comete, o indivíduo evita um segundo erro ao
redobrar sua atenção.Há
um ditado que diz que só os tolos aprendem com os próprios erros. Em parte, é
uma premissa correta, mas ao montarmos um projeto ou implantarmos processos,
temos que enfrentar o risco calculado de errar para aprimorar. Muitos rejeitam
essa ideia dizendo que “foi sempre assim e funciona”, mas a inovação deve ser
uma constante em empresas de qualquer porte.
No
processo de gestão de equipe, o líder que não discute ou ouve, apenas censura
ou pune, acaba tolhendo o desenvolvimento da equipe e o aprimoramento do
trabalho, dos processos, projetos ou rotinas. Essa atitude desmotiva
colaboradores, inibe os criativos e contamina o ambiente de trabalho.
Discutir
os erros e usá-los como ferramentas para o aprimoramento profissional e
interpessoal pode fazer a diferença. Criar espaços para que o colaborador se
expresse é também uma oportunidade para observações pessoais quanto ao perfil
de cada membro da equipe, permitindo redefinições de funções para aproveitar
melhor as potencialidades de cada um.
A
sociedade encara o erro como pecado, mas devemos mudar nosso pensar a partir do
errando é que se aprende. A logosofia é uma interessante ferramenta para que
conheçamos e superemos nossas limitações, e através da observação de outras
pessoas, aprendamos ainda mais.
Lembre-se
que aprendemos sempre, todos os dias e com qualquer idade. Nossa curiosidade, a
humildade, o bom senso, a resiliência, a perseverança, o empreendedorismo, o
conhecimento, a inovação e muitos outros atributos naturais que nos movem, são
instrumentos poderosos na construção de nosso know how, experiência, habilidade, expertise ou qualquer outro nome
que se use.
Assim
como não existe idade para errar, não existe idade para aprender.
O
bom líder e o chefe perspicaz devem gerenciar as habilidades de sua equipe,
sempre baseado nas metas propostas e nas potencialidades de cada um.
Hoje em dia, se você
acha caro manter talentos, experimente perder um.Bil Lara
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