Luiz Inácio Lula da Silva carrega a palavra PRESIDENTE por mais da metade de sua vida.
Como PRESIDENTE SINDICAL, nas quatro vezes em que foi CANDIDATO
A PRESIDENTE, nos dois mandatos como PRESIDENTE, no interstício como
EX-PRESIDENTE, novamente como CANDIDATO A PRESIDENTE, PRESIDENTE
ELEITO e, agora, PRESIDENTE. Talvez seja o brasileiro com mais experiência para desempenhar o cargo
num momento de crise como o que vivemos.
A campanha eleitoral de 2022 começou em 2018, quando Lula foi vencido pela "justiça" num longo processo de lawfare e manipulação do sistema, e só terminou agora.
Superou o ódio e venceu a disputa apesar do uso escancarado e
desavergonhado da máquina do governo (adiamento do Bolsa Brasil para coincidir
com a eleição, auxílio caminhoneiro, manipulação do preço da gasolina, maior
equalização de juros da história para o agro, abono aos taxistas e motoristas
de aplicativo na semana da eleição, dribles à lei de responsabilidade, estouros
do teto fiscal, orçamento secreto, compra de votos, cerceamento da mobilidade
do eleitor no dia da eleição, sumiço de milhares de famílias do Bolsa Brasil, instituições
federais pagando serviços e locando carros e motos para apoiar ilegalmente seus
candidatos, avalanche de fake news, dinheiro do agro, assédio eleitoral
do patronato, fundamentalismo religioso,
fanatismo ideológico, violência política, fascismo enrustido, vivandeiras e
viúvas da ditadura).
Quem mesmo tentou roubar a eleição?
Falam que o mercado teme o futuro, mas quem é ele diante da vontade de 60 milhões de eleitores e de 215 milhões de brasileiros que precisam
de solução de seus problemas? O verdadeiro mercado é uma entidade formada por todos
os cidadãos, mas aqueles que gritam não chegam a 1% da população do país. E
seus ganhos dependem do Estado e dos
outros 99%.
A responsabilidade do
governo Lula está em atender as
pessoas, controlar a voracidade do
mercado, reerguer os pilares da
economia, reorganizar a máquina
pública e desarmar as bombas de
tempo que Bolsonaro/Guedes deixaram.
Não será uma tarefa fácil porque há mágoas, frustrações, inveja,
interesses contrariados e criminosos de um lado e de outro, um país quebrado e
uma população que precisa de cuidados urgentes. O primeiro esforço é a comunicação,
mostrar às pessoas que aquilo que foi destruído em quatro anos, levou trinta
anos para ser construído e levará um longo tempo para ser reconstruído.
Lula tem limitações? Claro. O ministério apresentado, por exemplo,
não é o dos sonhos, mas foi construído numa orquestração que permita iniciar o
governo com um pouco de segurança. Tenho certeza de que não chegaremos ao final
do primeiro ano com a mesma composição, porque a avidez de alguns não suportará
a espera de resultados.
O primeiro ano será fundamental, pois em 2024 teremos eleições
municipais e a política como solução dos problemas será deixada de lado em nome
da política de sobrevivência eleitoral.
O povo que votou em Lula, petista ou não, sabe que tem um papel
daqui pra frente. Apoiar para que
tenha respaldo popular; fiscalizar
para que não haja desvios e cobrar
soluções dos problemas. O povo precisa ser militante da boa causa, da justiça e
da cidadania.
Brasileiros, calma, acima de tudo, não há mágica! Tenhamos esperanças, mas não ilusões.
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