Ter ideias é uma prerrogativa do ser humano. Ele é emocional, racional, inspirado e movido a desafios.
Não age
apenas pela sobrevivência ou preservação da espécie, mas também pela evolução e
crescimento empurrado pelo espírito empreendedor.
Portanto,
uns mais, outros menos, todos têm ideias, sonhos e projetos.
Transformar
isso tudo em realidade exige dons que poucos têm, humildade e bom senso.
Nos
meus tempos de produção audiovisual, aprendi que o papel do montador é crucial
em uma obra. Como montador, roteirista e diretor, senti na pele a importância
de delegar, ouvir, compartilhar e compreender o trabalho em equipe para que o
resultado seja o esperado. E, muitas vezes, fui surpreendido com uma obra que
superou minhas expectativas.
Como
executivo e gestor de pessoas, entendi a complexidade e a maravilha do trabalho
em equipe. Em empresas, com dezenas de subordinados e médio ou longo prazo para
cumprir objetivos, ou dirigindo campanhas eleitorais, reunindo dezenas de pessoas
com culturas, idioma, formação política, ideológica e educacional diferentes,
com meta sem prazo de adiamento.
Temos
muitos exemplos de boas ideias que não deram certo e na maioria das vezes, o
principal motivo é a dificuldade que temos de abrir mão do controle total e/ou
da falta de qualificação.
As
ideias não são perfeitas e um negócio é sempre complexo. São impactadas por influências
econômicas, políticas, financeiras, administrativas, de produto, de vendas, de
mercado e prazos.
Ainda
temos a questão de ambiente, porque uma ideia pode ser ruim para o momento, mas
ser ótima para um futuro com outro ambiente.
Você
precisa de uma equipe composta por profissionais que conheçam cada área e de um
gestor de projetos para liderar essa equipe de especialistas. Um gestor com
experiência em administrar pessoas, proativo, com agilidade para promover
mudanças e encaminhar soluções.
O dono
da ideia sempre tem uma visão genérica sobre seu negócio e se não entender
isso, estará colocando um grande problema em seu caminho e em risco sua boa
ideia.
O papel
do dono da ideia é monitorar e cuidar do macro, e manter contato com stakeholders que possam se juntar ao projeto,
material ou financeiramente.
Sua
presença permanente junto à equipe pode ser um stressor, além de colocar em risco a liderança do gestor e lhe
consumir num papel que não é o seu.
Se você
tem uma boa ideia, não a estrague tentando implantá-la.
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