Se tem
jeito de raposa, pelo de raposa, focinho de raposa, atitudes de raposa, então
não é cachorro. É raposa!
Alguns partidos abandonam suas
tradicionais siglas e adotam nomes sem a letra “P” de partido, seguindo uma
tendência das áreas empresarial e publicitária chamada de rebranding.
É a forma que os partidos
brasileiros encontraram para tentar se desvincular dos partidos tradicionais e
da imagem atual dos partidos. E o empenho é tão grande que seus dirigentes não
gostam de ser chamados de partido, mas de movimento, como se o simples abandono
da palavra maldita os colocasse fora do sistema tradicional.
Será que é uma atitude
válida para partidos?
Essa atitude, comum no
Brasil em partidos de direita chega aos partidos de centro e aos de menor
expressão que defendem bandeiras específicas.
Depois de Rede e Podemos,
aguardam autorização do TSE o PSL (Livres) e o PTdoB (Avante) para também
realizar a troca de nome.
A tentativa é clara, tentar
se afastar do desgaste político, mas apenas isso não basta para enfrentar o
descrédito do eleitor e o desencanto do cidadão.
O próprio PMDB estuda tirar
o P e voltar a se chamar apenas MDB, numa proposta do senador Romero Jucá, mas
isso não deve acontecer antes das eleições do próximo ano e vai depender muito
do resultado em 2018. Em caso de insucesso, pode dar lugar ao surgimento de um
novo partido.
O primeiro partido a tentar
essa solução foi o DEM que enfrentou a resistência dos seus tradicionais políticos
ao abandonar o nome PFL, mas a mudança não ajudou a transformá-lo num partido
confiável e bem estruturado, mostrando que a simples troca não recupera a
confiança da população.
A troca de nome pode dar
resultado em curto prazo, mas se não houver a troca de prática, atitudes e
compromissos, é um esforço inútil.
Emoticon Emoticon