“O home office permite ao colaborador
concentrar suas energias no trabalho e na vida, e não no deslocamento ou outras
complicações externas”. — Ken Matos, Life Meets Work
O covid19 antecipou o futuro.
A maioria das empresas e dos trabalhadores
não estavam preparados para o home office.
Pra começar, muitas empresas não
entenderam o que é home office, apenas mandaram o trabalhador cumprir jornada
de trabalho em casa.
Falta conhecimento técnico sobre
como ele acontece, ferramentas de acompanhamento, cultura organizacional,
mudança de mentalidade dos gestores centralizadores, políticas de qualificação
para o desenvolvimento profissional, além da desconfiança no trabalhador.
É evidente que esses problemas
serão sanados, uma vez que ninguém pensou que ele perduraria por tanto tempo e
se tornaria uma opção estratégica das empresas.
Empresas de tecnologia, como Google,
Facebook, Twitter e XP, foram mais ágeis na adaptação e já oficializaram o home
office geral para os próximos dois anos.
Em São Paulo e Rio, 40,2% das
empresas de vários setores adotarão o processo. Desse percentual, 45% diminuirão
seu espaço físico - 25,3% entre 10% e 30% e outras 16,2%, reduzirão em 50%.
Aquelas que não adotarem o home
office, no todo ou em parte, terão que fazer grandes mudanças físicas com as
novas regras de distanciamento. Isso vale também para as linhas de produção da
indústria.
Hoje, de acordo com a atividade,
um funcionário deve ocupar entre 4m2 e 8m2. O novo modelo
exigirá 11m2.
Outra mudança será a volta aos
espaços privativos. O Open Space, grandes espaços abertos com ilhas ou mesas
conjugadas, será antieconômico e um risco à saúde. É impossível acomodar
colaboradores com a regra de distanciamento Six Feets (1,80m).
O setor de imóveis comerciais será
o grande beneficiado porque a empresa que optar pelo trabalho presencial terá
que ocupar uma área quase 2/3 maior do que ocupado hoje.
O trabalhador e os gestores terão
que ter outra mentalidade.
A produtividade individual
aumentou, mesmo muitos não tendo infraestrutura necessária para trabalhar
(espaço, banda larga, equipamento e infraestrutura). A exigência de estar on
line o tempo todo está estressando e esgotando o trabalhador, contrariando o
espírito do home office, o trabalhador criar seu próprio cronograma de trabalho
baseado em metas e prazos. Sem isso, a liberdade do trabalhador estará
comprometida e sua casa virará local de trabalho. Ele acabará indo para um
coworking ou não terá uma casa para chamar de sua.
A ansiedade e sensação de
isolamento vividas pelo trabalhador se devem a expectativa de volta ao trabalho
normal no escritório. Quando trabalhar em casa fizer parte do dia a dia, se
tornar normal e natural, isso deve acabar ou reduzir drasticamente.
As empresas poderão compartilhar
talentos, reduzir seus custos com infraestrutura, energia, limpeza, manutenção
e material de expediente, ganhar em produtividade, melhoria no nível de
confiança entre empresa e colaborador, ter benefícios fiscais e melhorar a
saúde laboral.
Essa não será uma transição
imediata e nem fácil para as empresas pela mudança de cultura e ajustes a serem
feitos na gestão da empresa, mas ela terá melhores produtos, serviços e
colaboradores mais produtivos.
Os trabalhadores terão satisfação,
rentabilidade e sucesso.
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