Preparem-se
para uma campanha eleitoral diferente. Outrora tomada por candidatos com
bagagem política e performances mobilizadoras dirigidas e potencializadas por
homens de marketing, caminhamos para uma eleição de gravatas e togas.
Será
a campanha mais rasa, chula e pobre de conteúdo dos últimos anos, sem discussão
de temas importantes, apresentação de projetos ou comparativo de competências.
TODOS
os pré-candidatos à presidência e a maioria dos candidatos às majoritárias e
proporcionais estão com pendengas na justiça. As investigações e os
indiciamentos vão de falsidade ideológica à crimes contra a vida. E já temos
até réus.
A
campanha não terminará com o resultado das urnas e se estenderá por muito
tempo, graças a inoperância de nosso judiciário que deixou o país chegar a esse
ponto. Se tomasse posição constitucional e usasse seu poder com imparcialidade,
teríamos tranquilidade na escolha que faremos em outubro.
Os
“marqueteiros” famosos e bem pagos, darão lugar aos advogados e bancas famosas
no palco eleitoral. Todos os seus movimentos serão políticos e eleitoreiros,
passando longe da discussão sobre legalidade e justiça. Serão milhões de reais
na defesa do indefensável, na proteção ao político blindado, na desonra do foro
privilegiado.
No
mercado, estima-se que a defesa de presidenciáveis e governadores deve custar
entre R$ 2 e 5 milhões e a de parlamentares não deve ficar por menos de R$ 300
a 500 mil. Isso, sem falarmos da cláusula de sucesso, que deve fazer esses
valores irem à estratosfera.
O
sistema é tão bom, que não há como realmente quantificar e rastrear esse
dinheiro. Mesmo com Lava-Jato e quetais, a corrupção campeia solta no país,
porque o sistema continua incólume, apenas reparando ou substituindo alguns
mecanismos.
O
custo de uma campanha sempre supera a casa do bilhão de reais, mas a maior
fatia de uma campanha é gasta na pré-campanha com a propaganda subliminar,
emendas parlamentares, comunicação em rede, viagens, eventos e na compra de
partidos.
O custo de uma campanha eleitoral surpreende porque são números claros e gastos em um período muito curto, mas mal chegam aos 30% da pré-campanha e da comunicação de governo/mandato.
Assim como a campanha se tornou permanente, o papel dos advogados também. Em tempos passados, os advogados eram lembrados apenas em época de campanha para assessorar a propaganda política ou resolver algum problema pontual do candidato.
Com a lei Eleitoral 9504 de 1999, surgiu a cassação do mandato e as eleições extemporâneas, criando uma nova arena política no Brasil, a justiça. Desde então, ninguém mais se contentou com o resultado das urnas e a vontade do cidadão é sempre questionada legalmente.
Inclusive o papel do TSE deve ser repensado, porque duas curtas sessões semanais em final de expediente não darão conta do problema. Mas vamos falar baixo sobre isso, ou nossos magistrados levantarão a bandeira de que é preciso contratar mais assessores e construir uma nova sede para que possam atender a demanda.
O custo de uma campanha eleitoral surpreende porque são números claros e gastos em um período muito curto, mas mal chegam aos 30% da pré-campanha e da comunicação de governo/mandato.
Assim como a campanha se tornou permanente, o papel dos advogados também. Em tempos passados, os advogados eram lembrados apenas em época de campanha para assessorar a propaganda política ou resolver algum problema pontual do candidato.
Com a lei Eleitoral 9504 de 1999, surgiu a cassação do mandato e as eleições extemporâneas, criando uma nova arena política no Brasil, a justiça. Desde então, ninguém mais se contentou com o resultado das urnas e a vontade do cidadão é sempre questionada legalmente.
Inclusive o papel do TSE deve ser repensado, porque duas curtas sessões semanais em final de expediente não darão conta do problema. Mas vamos falar baixo sobre isso, ou nossos magistrados levantarão a bandeira de que é preciso contratar mais assessores e construir uma nova sede para que possam atender a demanda.
Vade
retro, satanás!
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