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on 01 fevereiro 2021

PROPAGANDA - A "MAGIA" DO DIGITAL E O REMARKETING HUMANIZADO

A “magia” do digital faz empresas perderem foco e clientes, porque acham que o digital é comunicação. Na verdade, é uma FERRAMENTA/CANAL de comunicação ENTRE PESSOAS. Ele conecta uma máquina a outra para que as pessoas interajam entre si.
Pode parecer fora de contexto falar de humanizado em plena era digital, mas a necessidade de atenção é o gancho para atrair, converter novos clientes e reativar antigos.
O remarketing é a comunicação com o cliente que parou no meio do processo de compra ou adquiriu seu produto/serviço. Sem filtros ou estratégia, ele pode ser prejudicial à marca.
Essa é a proposta do Remarketing Humanizado ou People Remarketing, manter a relação com quem já teve uma experiência com seu produto através de conexões humanas, experiências e interações que sensibilizem e seduzam o consumidor, com estratégia e método.
Pré pandemia, o índice médio de conversão em e-commerce era 2%, e hoje, chegou a 5%.
Percentualmente foi um salto, mas vamos considerar que ainda é um número muito baixo.
A estratégia de reconquistar clientes inativos tem um roteiro certo.
Primeiro, conheça seu cadastro. Organizar, filtrar e classificar para montar uma estratégia que mantenha, ative e rentabilize o que você tem. O foco é NÃO TEM CLIENTE PERDIDO.
Segundo, defina estratégias de captura e crie uma jornada de atendimento humanizado. Defina indicadores e acompanhe os resultados friamente e analise criteriosamente.
Esqueça a simples comparação com outras empresas, porque, mesmo as do seu setor têm variáveis e diferenciais que prejudicam a comparação. Use seus próprios números como parâmetro e incentivo e jamais se satisfaça com eles.
A era digital aumentou as oportunidades de comunicação, mas afastou as pessoas e criou uma frustração nos consumidores. Resultado, 89% dos consumidores querem atendimento humano. Você tem que decidir se quer escalar seu negócio, otimizar vendas e fazer com que as pessoas tenham um ciclo de vida duradouro em cima dos 89% ou disputar um mercado cativo de 11% com a concorrência. Aviso: a disputa é muito cara.
Por isso o humano, People Marketing, é importante nessa relação. Recursos humanos com a capacidade de entender o cliente, sua jornada e ativar as emoções corretas que o ajudam no seu processo de escolha. A meta é agir com foco no e do cliente.
A consequência é um cliente fidelizado, com aumento do ticket médio e da taxa de recompra. Estudos mostram 16% mais engajamento e 12% mais consciência de marca.
Como diz um velho ditado chinês, se você seguir o mesmo caminho dos outros, chegará no mesmo lugar que eles. E a praia é pequena.
Um exemplo recente é a marca italiana Bottega Veneta de artigos de luxo que se retirou completamente das redes sociais no último dia 6 de janeiro para focar no relacionamento humano com seus clientes. Sua avaliação é que no seu setor, likes e engajamento não se traduzem em caixa.
O príncipe Harry e Megan Markle, também abandonaram completamente as redes, assim como sua fundação filantrópica Archewell.
Há muitos outros exemplos, mas você não precisa chegar a tanto. E estratégia, coerência e aplicação sensata dos recursos são fundamentais.
Relacionamento humano forma conexões melhores e mais duradouras. Nesse período de isolamento e afastamento social, sua atenção vale muito para o consumidor.
Não confunda atenção com insistência. Avalie criteriosamente a frequência de contato, porque é chave se manter interessante ao invés de ser aquela marca chata que não para de enviar push, sms, email, cards, encher timelines, telemarketing etc.
Comunicação efetiva e boa experiência de usuário não são suficientes para maximizar suas conversões. É preciso criatividade para gerar experiências únicas, criando um elo que o tornará uma love brands para o cliente.
A comunicação deve ser uma espécie de cyborg, porque o toque humano ainda é fundamental.