Votar é seu direito, fiscalizar é seu dever.
Eleições sempre são vistas como oportunidades para melhoria de vida,
aprimoramento da máquina governamental e como solução de problemas que afligem
a sociedade.
Duas das principais características da DEMOCRACIA são a realização
periódica de eleições livres e mandatos eletivos com duração definida.
Nas últimas décadas, em todo o mundo surgiu um movimento coordenado
sabotando o sistema eleitoral, incentivando os movimentos antipolítica e
justificando a rejeição aos partidos. A população absorve e se sente enganada,
esquecendo que também não cumpre seu papel. Assim como o mandato do eleito inicia
após o resultado das urnas, a obrigação do eleitor permanece até o próximo
pleito.
No Brasil, nenhum partido consegue a união em torno de uma bandeira. Esse
símbolo adere à uma personalidade pelo caráter de salvador da pátria que o
eleitor enxerga no político. Em 2018, Bolsonaro era o discurso. Sem vínculo
político ideológico ou histórico com qualquer partido, ele surfou nessa onda,
levando o populismo representado pelas viúvas da ditadura, conservadores,
ruralistas, elite insatisfeita e população descontente e marginal à vitória.
Mesmo o populismo como voto de protesto deve ser exercido com moderação e
bom senso ou corremos o risco de cairmos na armadilha em que nos metemos na
eleição de 2018.
Os dois lados, eleito e eleitor, têm
culpa e por isso as eleições passaram a ser simbólicas. Independentemente do
resultado, os eleitos continuam iguais e o eleitor continua a não cumprir o
ciclo – vota-fiscaliza-reelege ou troca.
Espero que o brasileiro tenha aprendido a lição.
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