A aplicação da andragogia no processo de mentoria segue alguns conceitos básicos que devem ser equilibrados com a vivência e a experiência do mentor e do mentorado. Não é uma fórmula pronta, cabendo ao mentor a capacidade de avaliar seu uso de acordo com o perfil do cliente.
A andragogia é um processo de coaprendizagem
onde o mentor é referência e o facilitador que acompanha o desenvolvimento e dá
liberdade ao mentorado para dirigir o aprendizado a fim de alcançar os
objetivos no prazo acordado entre ambos.
Se ela é iniciativa do mentorado, ele despertou o primeiro princípio da
mentoria, a vontade de aprender. O autoconhecimento e a motivação formam a base para desenvolver
habilidades ou corrigir deficiências profissionais ou humanas para a evolução
pessoal e profissional.
Se ela é corporativa, o foco é o desenvolvimento
de competências e habilidades individuais na formação ou qualificação de
lideranças para aprimorar o nível do quadro funcional.
A autonomia é fundamental na
andragogia. O pupilo tem controle sobre o processo, respeitando o alinhamento
feito com o mentor ou com a empresa quanto à forma, conteúdo, cronograma e metas.
Essa autonomia pressupõe respeito ao
mentor diante de imposições eventuais.
Nessa relação, a experiência de ambos é o ponto de partida para acessar a mente do pupilo.
Os avanços podem ser feitos por iniciativa do mentorado ou através de
análise de desempenho e testes aplicados. A organização deve fornecer as
ferramentas e os meios e alinhar e validar todo o processo, passo a passo.
A análise do histórico, competências, habilidades, perfil, disposição do
candidato e a aplicação de entrevistas semiestruturadas são fundamentais na seleção.
No final da mentoria, o aproveitamento
deve ser imediato para evitar frustração e prejudicar o avanço profissional,
fatores que acabam atrapalhando o
ambiente e o humor do time.
Sendo um processo entre experientes, é normal, comum e salutar o
desenvolvimento também do mentor ao absorver conhecimento e experiências numa
evolução conjunta.
Ser escolhido como pupilo reforça a autoestima.
Ser mentor é autorrealização.
Externamente, bons exemplos são mobilizadores
corporativos.
Pesquisa da Harvard Business Review
mostra que 84% dos CEOs de grandes
empresas globais entrevistados afirmam que melhoraram
seu desempenho, evitaram grandes
erros e tomaram decisões mais
assertivas graças a experiência e vivências de seus mentores.
Investir em sua equipe é investir na empresa. Quando o colaborador não se atualiza, quem envelhece é a empresa.
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