Hoje é o DIA DA BANDEIRA NACIONAL e é claro que o título deste artigo é uma provocação.
O
sequestro de nossa Bandeira tentando dividir os brasileiros é preocupante, uma
tentativa de achar que há brasileiros melhores que os outros.
Não, os brasileiros precisam é de coisas DIFERENTES. O que é importante para um é desimportante para o outro. E, às vezes, a desimportância econômica, social ou civil é apenas a faísca usada pelos extremistas para discriminar e marginalizar cidadãos.
A BANDEIRA NACIONAL é símbolo de nossa identidade nacional e sua defesa será melhor quanto maior o sentido de pertencimento a unir desejos, sentimentos e ideais de um povo.
As
27 estrelas que a compõem representam TODOS os brasileiros. As cores são resquício
de nosso passado. Na Proclamação da República, Portugal exigiu que suas cores fossem
mantidas. A esfera azul substituiu o globo armilar com o lema positivista e criou-se
a história de que o verde, o azul e o amarelo representam nossas matas, céu e
ouro. Na verdade, lembram nossa origem colonial, são as cores da Casa de Bragança
(D. Pedro) e da Casa de Habsburgo (Imperatriz Leopoldina). Cores em
bandeiras sempre lembram sentimentos como valor, paz, perseverança,
resistência, justiça, república, união e outros.
Quem
não se emociona ao vê-la envolvendo corpos de atletas vencedores? Quem não se orgulha
ao vê-la no uniforme de nossos militares em missões no exterior? Quem contém o
júbilo ao vê-la junto às de outros países nos grandes fóruns políticos e
econômicos do mundo? Quem fica impassível ao vê-la tremulando em continentes
distantes como a Antártica?
Precisamos
retomar nossa Bandeira e discutir o patriotismo, o civismo e a cidadania. Promover
o amor à Pátria e a consciência cidadã através da
difusão do civismo e da discussão do papel do cidadão e sua participação política
na sociedade.
Montesquieu, o precursor da sociologia diz que não bastam as
instituições formalmente estabelecidas: à natureza dos governos soma-se um
princípio correspondente da coletividade.
Civismo
sem cidadania e, sem espírito cívico, é uma cidadania incompleta. A República é baseada na virtude política, a capacidade de a
sociedade incorporar todos os cidadãos nas decisões baseadas em valores
compartilhados, definindo e buscando o bem-comum.
A Constituição, por si só, não constrói a realidade, mas a
aplicação dos mecanismos de defesa e conquista de direitos individuais e
coletivos nela contidos possibilitam novos espaços de discussão e organização,
mais debate público e mais participação.
O Brasil percorreu caminhos tortos e obscuros, em outras, paz e
avanços, sempre em busca da república de nossos sonhos. Hoje, temos uma
República melhor, mas ela nunca ficará pronta. A continuidade da construção
política pela sociedade e pelo Estado, é feita por instituições modernas
que respeitem e atendam as necessidades da população.
Pensar
o patriotismo e praticar o civismo transformará o Brasil em uma potência coesa
e justa com a integração de todos os brasileiros, independente de raça, credo,
filosofia ou ideologia.
Ninguém
é capaz de prever o futuro. Cabe ao conjunto dos brasileiros, com patriotismo e
espírito cívico, discutir e definir esse futuro, Um novo Brasil, fruto da
mudança feita pela sociedade, usando a política como meio e os políticos como
instrumentos.
Quando
temos princípios, não nos dobramos. Quando temos ideais, transformamos.
No DIA DA BANDEIRA, pense nisto. Essa é a bandeira de todos nós, essa é a verdadeira bandeira que devemos defender.
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