Cincopes

on 12 dezembro 2023

PLANEJAMENTO - INOVADOR OU MODISTA

Conheço muitos executivos inovadores que na verdade são apenas modistas, profissionais que seguem a corrente.

É fácil ouvir “especialistas” e adotar novidades sem avaliar o contexto em que são empregadas e se combinam ao seu perfil de gestão ou à realidade da empresa.

Inovar exige se despir de preconceitos mantendo os pés na realidade.

Tentar copiar fórmulas de gestão das big techs ou grandes empresas é um erro comum. Se deu certo na Apple, Mercado Livre, Amazon, Uber, Meta, Ifood, Nubank... vai dar certo comigo.

Inovação requer muito estudo, análise, conhecimento, acompanhamento e tempo. E nem sempre envolve tecnologia ou é concreta, como um produto ou serviço. Ela pode ser apenas uma ideia, cultura ou uma nova forma de superar obstáculos e manter o time engajado.

E, mais importante, ela não está na cabeça da alta gestão ou de um departamento, envolve a todos. Ou não é inovação.

Um ambiente de inovação está diretamente relacionado ao comportamento, valores, crenças e hábitos incorporados para provocar o processo criativo de todos os colaboradores.

Uma pesquisa da Futurum Research com 500 executivos e funcionários de empresas dos EUA e Europa mostra que 94% dos colaboradores se sentem excluídos dos processos de inovação e quase metade não tem ideia de como ajudar ou participar do processo. Não há pesquisa semelhante no Brasil, mas como estamos num estágio inicial da mentalidade inovadora, os números não devem ser muito diferentes.

Inovação começa pela cabeça dos líderes, incorpora no time e resulta em produtividade e competitividade.

Além de entender o que é IA, machine learning, cybersecurity, cloud, analytics, gestores devem estar atentos ao mercado para acompanhar o surgimento de novidades em todo o mundo, mesmo sua empresa sendo pequena e local.

Inovação tem o efeito borboleta, o deslocamento de ar do bater de suas asas pode resultar em um tornado distante dali.

Líderes precisam ser abertos ao diálogo, ágeis, horizontais, saber ouvir mais do que falar, decidir com bom senso e não ter medo de errar.

Autoconhecimento e visão de negócio são fundamentais para alinhamento de perspectivas com nexo à realidade.