“A discriminação e o preconceito são o último estágio da ignorância”, Jane Fernanda Nogueira.
Bolsonaro
não ensinou a rebeldia inconsequente. Ou a misoginia canalha. Ou o preconceito
vergonhoso. Ou o racismo infame. Ou o patriotismo de almanaque.
Ele
apenas deu UM motivo para que os
demônios que viviam dominados pela civilidade dentro de cada um viessem à luz.
Antipetismo, essa
é a palavra mágica que liberou geral,
permitindo que pessoas "de bem"
extravasem suas frustrações.
Os
“patriotas” são cidadãos frustrados por problemas pessoais ou com dissonância
cognitiva. A eles, falta empatia e solidariedade para aceitar que outras
pessoas também têm direito ao mesmo espaço e às mesmas oportunidades.
Mulheres
que criticam o "mimimi" da
violência e do assédio denunciado por outras mulheres, apenas expõem sua
discriminação. Se é pobre ou preta, "algo fez, só tá se fazendo de
vítima".
Os
humildes que tiveram mobilidade social, se acham no topo, absorvem ideias e
pensamentos da elite. Acham que seu sucesso se deve exclusivamente aos seus
esforços, esquecendo que vivem numa sociedade, dependeram de outras pessoas e aproveitaram
oportunidades.
E
há os que apenas tem má fé.
Proporcionar
“oportunidade" é uma obrigação do Estado social e justo, porque a vida não é justa com todos.
E
ainda há os hipócritas paradoxais que se dizem democratas e gritam por golpe de
estado, a volta à ditadura, como forma de frear o avanço de estratos sociais
periféricos sobre áreas por elas dominadas como a política, a identidade
nacional e o mercado de trabalho.
Precisamos de mais pessoas do bem e menos pessoas de bem.
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