Cincopes

on 06 junho 2023

PLANEJAMENTO - SUA AUTOMATIZAÇÃO DESCOMPLICA?

Uma das áreas mais afetadas pela tecnologia é a automatização do atendimento ao público.

Na mais comum, ela permite que consumidores realizem seu próprio atendimento usando menu com opções numéricas para digitar as informações necessárias ou em helpdesk com chats.

Automatização no atendimento não é relacionamento, é para funções em que não haja necessidade de resposta imediata, diálogo ou solução de conflitos. Automatização é agilidade e dinamismo nas atividades repetitivas.

Quem já usou atendimento ou suporte on line automatizado já enfrentou um ou vários desses problemas.

Seguir uma trilha de opções enorme e submenus?

Seu problema não consta no menu padrão?

O robô não tem resposta para sua pergunta?

O atendimento é encerrado automaticamente e você tem que reiniciar todo o processo?

Você tem que repetir toda a jornada se tiver mais de um problema ou precisar trocar de setor?

Você reclama do atendimento das big techs, grandes bancos, empresas de telefonia e aplica a mesma fórmula em sua empresa? Para elas, a perda de um cliente não tem o mesmo impacto que pra você.

Entre as justificativas para adoção do autoatendimento estão o aumento da produtividade da equipe, diminuição de custos operacionais e análise de dados.

Se você vê automatização só da porta para dentro, você não está percebendo que esses fatores não aumentam o ticket médio do cliente, não aumentam a retenção, não dão a real percepção sobre o consumidor e, portanto, não melhoram sua receita.

Automatização é funcional quando ajuda o cliente na emissão de segunda via de boletos, registro de críticas e sugestões, verificação de saldo e extratos, histórico de relacionamento, leitura de QR Code, acompanhamento de protocolos, rastreamento de entregas, atualização cadastral, envio de documentos e comprovantes e outros.

Autoatendimento são apenas números que não dizem tudo sobre comportamentos específicos e jornada do cliente. Não é inovação tecnológica se não der resultados práticos na consolidação da marca e aumento de receita.

A tecnologia deve estar nas ferramentas como banco de dados em nuvem, NPS de primeiro nível, dados cadastrais centralizados e compartilhados com todos os setores, porque eles não alcançam a capacidade do atendimento humanizado para detectar o nível de satisfação, necessidades e o comportamento do cliente.

Antes de decidir sobre sua implantação, encontre respostas para algumas perguntas:

CS, UX e automatização podem trabalhar juntos?

Automatização reduz realmente o custo? Melhora a rentabilidade?

Como fazer CS com automatização?

Até que ponto reduz seu custo e aumenta o do cliente?

A redução do custo operacional tem impacto na retenção e na melhora do ticket médio?

O robô tem todas as respostas? Em quanto tempo o problema identificado entra no FAQ?

Automatização vale pra qualquer tipo ou tamanho de empresa?

A opção "fale conosco" é realmente para falar?

Até que ponto ela melhora a qualidade dos seus dados, mas afasta o cliente?

O preenchimento de planilhas vira burocracia e diminui o tempo em atividades produtivas?

Os tickets agilizam o workflow, diminuem realmente o tempo de resolução ou viram desculpas?

Melhora o perfil do cliente ou perde bons consumidores sem tempo ou refratários à tecnologia?

Cliente detrator não volta e ainda é vetor de propaganda negativa.

A automatização do atendimento deve focar na organização, estruturação e qualidade do serviço e nem todos os cases de sucesso podem ser replicados.

É importante o uso da automatização, mas ela deve ser criteriosa porque o consumidor quer pronto atendimento e rápida solução do seu problema.

Pense no mau humor e tempo perdido pelo cliente, além da sensação de insegurança e receio ao falar com máquinas. Ele odeia ser apenas um número de protocolo e, geralmente, acha que a enorme quantidade de opções é para confundir e fazê-lo desistir.

Um cliente que sabe que perderá tempo num autoatendimento realmente tem um problema e o que ele menos precisa é de mais um.