Roubei esse termo do jornalista Octávio Guedes, porque representa
fielmente a situação política atual.
Iniciada com Michel Temer, o governo do c@p!tã0 foi o ápice da destruição
da estrutura política compartilhada e equilibrada entre Executivo, Legislativo
e Judiciário.
Eduardo Cunha tentou e não conseguiu tomar o poder e acabou o Brasil
enfrentando o impeachment da presidenta Dilma.
Temer cumpriu o restante do mandato com a sombra de processos e
impeachment sobre sua cabeça e teve que dar espaço para parlamentares obscuros
e corruptos, e aos golpistas.
3ol$on@ro, fraco e incompetente, teve que entregar o governo e a chave do
cofre ao deputado Arthur Lira que se tornou, paradoxalmente, a eminência parda e fulgurante na
gestão dos recursos para atender seus interesses pessoais, das bancadas
setoriais, do lobby dos grupos de pressão corporativos e outros menos
recomendáveis.
Lira conseguiu um poder que seu mentor, Cunha, não foi capaz de
conquistar nem com o impeachment.
Lula disse na campanha e reforçou ao assumir que no seu governo, as
coisas mudariam e, realmente, tentou travar o apetite do parlamento. Lira
sentiu que a conversa seria outra e resolveu uberizar.
Mesmo com a enorme bancada eleita com o orçamento secreto e o desvio de
recursos, sentiu que não tem capacidade de repetir Cunha no impeachment e que
Lula é mais político, mais inteligente e mais competente que 30l$on@ro.
Como motorista de aplicativo, cada projeto é uma corrida diferente. Ele
aceita ou não, cobra com tarifa dinâmica, avalia a corrida finalizada e vai pra
próxima começando tudo de novo. Isso quando não aceita a corrida e cancela no
meio do caminho, como a PL das Fake News.
Muitos dirão, "ah, eles também foram eleitos". Sim, mas para
outro papel.
O orçamento é proposto pelo Executivo, ajustado e aprovado pelo
Congresso, mas sua execução é privativa do Executivo. Cabe ao Legislativo e seu
órgão auxiliar, o Tribunal de Contas da União, conferir se o previsto e
aprovado está sendo realizado. Muitos acham que o TCU é da esfera do
judiciário, mas não, é órgão auxiliar do legislativo.
Se Lula não conseguir uma solução rápida, o país pagará tarifa dinâmica até o final de seu mandato.
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