Quem
já trabalhou comigo sabe da importância que dou para os colaboradores
que têm vida familiar, hobbies e interesses diversos da sua profissão.
Sempre percebi que seu desempenho é diferenciado. São muitos mais criativos pelas experiências e visão de mundo e muito mais produtivos, porque não podem estender o horário ou acumular tarefas. Sabem como poucos administrar seu tempo e definir prioridades.
Muitas
vezes, mesmo completamente diferentes de sua profissão, suas atividades
pessoais influenciam profundamente seu desempenho. Uma pessoa tímida que
faz curso de teatro ou um gerenciador de processos que se aventura nas pistas
de velocidade, por exemplo. No primeiro caso, a atuação facilita administrar
sua capacidade de interagir com o grupo. No segundo, correr riscos e se superar
ajuda na audácia de propor ideias fora da caixa.
E
ter vínculos familiares lembra o porquê e para quem trabalha.
Seus sonhos são construídos com clareza e propósito, pensando numa vida
compartilhada com aqueles a quem ama.
Nunca
confiei nos “camiseteiros” ou independentes, não tem compromissos e são volúveis.
Finalmente,
o que já era tendência nos EUA e Europa nos últimos anos, começa a ser
utilizada pelos recrutadores brasileiros.
Mas
o que são mad skills?
Na
tradução literal, são habilidades loucas, incríveis, fora de série. Na
prática, são componentes da vida que podem se tornar diferenciais
importantes na hora da contratação e que estão fora do escopo profissional,
como experiências e interesses pessoais, hobbies, família ou a forma como
enfrentou traumas ou conquistas.
Essas
habilidades podem mostrar a capacidade do profissional de
trabalhar em equipe, seu potencial de proatividade, senso de observação,
empatia, resiliência, liderança entre outros.
Diferente
das soft skills, relacionadas às habilidades socioemocionais e
comportamentais, as mad skills podem revelar a personalidade,
caráter e visão de mundo do candidato. Ambas podem ser desenvolvidas e
valorizadas no mercado de trabalho.
Outra
fase do onboarding aplico algumas semanas após a contratação. Depois de
um briefing com seu líder, ouço o novato me responder apenas uma pergunta: você
sabe por que foi contratado?
A
resposta diz muito sobre o rapport do líder, o ambiente percebido pelo
novato, sua capacidade de entender seu papel no grupo e seu nível de
autoconhecimento.
Prepare-se, porque o resultado pode surpreender você, mas esse é um papo pra outro post.
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