“As pessoas ficaram impressionadas quando nosso avião decolou, mas ficaram ainda mais impressionadas quando ele pousou", Ozires Silva, co-founder e ex-presidente da Embraer.
Essa observação de Ozires Silva cai como uma luva para startups.
Ter ideia, business plan, pôr a mão na massa e captar recursos é a parte mais fácil se você conseguir embalar tudo num projeto de negócio atraente.
Os problemas começam quando a empresa começa a rodar, entra em velocidade de cruzeiro e os percalços do dia a dia e o alinhamento entre equipe, sócios e investidores se tornam atritos.
A maior dor é a necessidade de gerar caixa para sustentar ou estabilizar a operação.
Por isso a importância de escolher bem o investidor, porque, geralmente, o capital direcionado às startups em estágio inicial é especulativo e com prazo de realização curto.
Você precisa de Venture Capital ou Private Equity? Seu parceiro mira dividendos ou exit? Se for exit, em qual prazo se dará a realização? Você conseguirá entregar o valuation prometido? Ele perguntou QUANTO EU vou ganhar ou QUANDO NÓS vamos ganhar?
Você deve estar tão preparado para o sucesso quanto para os problemas. Quanto mais sua operação rentabiliza, o faturamento aumenta, menos investidores surgirão, obrigando você a buscar alternativas de alavancagem no mercado ou com recursos próprios gerados e aprovisionados pelo caixa. Operações bem estruturadas atraem sócios-investidores com um horizonte de tempo maior para realização.
Startups realmente são foguetes sem ré, a maioria aterrissa tragicamente. No Brasil, cerca de 90% sucumbem, sendo que 70% fracassam no primeiro ano.
E não é apenas o caso de escalar e se tornar grande, porque ninguém é grande demais para quebrar.
Sempre que você desenha seu produto, tudo é um palpite, uma aposta, com base em suposições do que espera que funcione. Pouco importa se você projeta o aplicativo mais bonito, o codifica com a estrutura eficaz e seu código é poderoso. Seu potencial só será conhecido quando a teoria encontrar a prática.
Você se torna grande quando sua humildade absorve críticas e as transforma em soluções criativas. O bom empreendedor aprende, modela e aperfeiçoa seu negócio com a participação de muita gente, consciente de que ele é parte, não o todo. Sua tranquilidade está em ter suporte, mentoria e equipe, sem os quais não há dinheiro que resolva.
O sucesso pode estar numa mudança de mentalidade onde o foco é resolver o problema do seu negócio, não o seu problema.
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