Uma geração conectada, mas difícil de manter a conexão.
Seu relacionamento com a Geração Z
pode começar com perguntas como o que eles querem, quais suas necessidades.
Encaminhar um diálogo proveitoso que diminua a possibilidade de frustração.
Um dia, os jovens discutiram qual seria o
trabalho dos seus sonhos. Hoje, muitos nem sonham com isso. A Geração Z trouxe
um novo conjunto de prioridades, entre elas a flexibilidade e a diversidade.
Buscam propósito, um lugar onde possam ser criativos e ser referência na sua
área, fazer a diferença, ter flexibilidade e participar de projetos
significativos.
Sua crença numa nova forma de relações do
trabalho foi fortalecida com a pandemia, o primeiro grande choque em suas
vidas. Os traumas e incertezas que foram obrigados a passar trouxeram
inquietações e dúvidas. Querem mudar, mas ainda não entendem como.
Sua única certeza é não fazer carreira em
empresas, ficar muito tempo sob a mesma marca.
Se engana quem acha que preferem o home office.
A pandemia criou uma necessidade de convivência para eles, mas sem rotinas,
limites e cobranças. Preferem o sistema híbrido e são adeptos do quiet
quitting (fazer somente o acordado) e do acting your
wage (esforço proporcional ao salário).
Em busca de um ambiente corporativo que
os acolha, fizeram os hunters mudarem o foco e as empresas precisam mostrar
que atendem suas expectativas. A escolha final passou a ser deles e buscam
tratamento justo de todos os funcionários, qualidade de vida e flexibilidade,
além de responsabilidade social corporativa, segundo pesquisa da Career
Interest Survey 2022 (Career Motivations of
Generation Z).
Sua presença está fortalecendo o ambiente
de trabalho multigeracional com influências e trocas que reforçam a relevância
do equilíbrio entre a rotina no trabalho e na vida pessoal.
As empresas brasileiras estão se
obrigando a sair de sua zona de conforto, mudando o modelo de liderança top-down
e repensando as formas de atrair e manter talentos. Segundo o Ministério do
Trabalho brasileiro, a Geração Z troca de emprego a cada três meses. Nos EUA,
esse prazo é de dois anos, mas no final do primeiro ano o jovem já está em
busca de outra colocação.
A vida vem acelerando as pessoas. Saímos
dos filmes com longos planos (anos 50-60) para as novelas com troca de cenas
rápidas (anos 70-80), passando pelo vídeo clipe com ritmo alucinante (anos
90-2000) até a geração digital/tiktoker atual, que não consegue ver um vídeo
com mais de dois minutos.
Parecem não ter vínculos, mas é um
engano. Eles têm fortes vínculos com sua comunidade, mas conexão efêmera com
tudo que não consideram importante, inclusive o trabalho.
Saber ouvir suas necessidades, até pessoais, pode definir o que é um GPTW que atraia e retenha talentos.
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