A tecnologia cria e transforma negócios
Sou do tempo do CPD (Centro
de Processamento de Dados), salas enormes com potentes aparelhos de ar
condicionado e piso elevado para acomodar enormes CPUs e centenas de
perfuradoras de cartão, leitoras de discos e fitas magnéticas alimentando
grandes mainframes com grandes e barulhentas impressoras. Depois vieram os Sistemas de Informações e. mais tarde,
a conhecida Tecnologia da Informação.
Em breve, a TI não usará
mais desktops ou notebooks porque tudo estará na nuvem. Ela vai programar,
operar, ajustar, desenvolver em máquinas virtuais, reduzindo o custo com equipamentos
que precisam ser atualizados ou trocados num intervalo cada vez menor. A
miniaturização, serviços em nuvem e avanço exponencial da tecnologia permitem
que os dados sejam disponibilizados
imediatamente em dashboards e
relatórios on line, fazendo com que
as informações processadas se tornem conhecimento,
valor, negócios, caixa.
Isso tornou a TI área
estratégica, uma incubadora de
soluções, cocriadora de produtos ou parceira da área de novos negócios.
Deixou de ser apenas prestadora de serviços exercendo um papel importante no
ganho de escala, melhor eficiência, redução de custos e no desenvolvimento de
produtos estratégicos para a entrega de mais valor aos clientes.
Um CIO (Chief Information Officer) com visão
empreendedora deixa de se concentrar na função “lights-on”, usando sua capacidade para mobilizar a inteligência à sua disposição e gerar soluções para a melhoria operacional, segurança, modernização
digital e o crescimento da receita. Ele é um blend de expert em
tecnologia e consultor de negócios.
São profissionais que desconhecem gestão por conflito, líderes colaborativos, ágeis, omnichannel,
inteligência fluida, empáticos e que vivem a inovação.
Assim como a TI deve sair da sua ilha, o board e o público interno devem entender esse novo papel como aliado,
não invasor.
A TI absorve, em média, 11% a
15% das despesas, mas esse status pode
mudar para investimento, com os
resultados proporcionados. Seus profissionais têm acesso aos dados, visão geral
do negócio e, com esse foco, o empreendedorismo ou intraempreendedorismo podem
se consolidar dentro da estrutura com novos campos de atuação, melhores
produtos, profissionais valorizados e novos mercados.
É uma visão que vale também na hora de contratar uma empresa para
desenvolver uma solução para aquelas sem uma área de TI com desenvolvimento. A parceira
deve ter visão de negócios, sem a visão
linear comum à TI.
Fazer a entrega de produtos,
não de processos é a nova abordagem
dessa TI, com uma nova estrutura de pessoal substituindo times por squads, liderados por P.O. com papel mais próximo de um gerente de produto.
E o CIO, não confundir com
o CTO (Chief Technology Officer), se
transforma de gestor em executivo, e
não por acaso, hoje é o CEO em algumas
grandes empresas.
Não engajar esse pessoal é pecado capital nos negócios.
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