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on 13 agosto 2024

PLANEJAMENTO - ASSÉDIO E COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA

O perfil do trabalhador está se transformando, Independência, liberdade e propósito têm se mostrado importantes ao fazerem suas escolhas profissionais.

O próprio termo “trabalhador” já não faz muito sentido, porque ele já não trabalha para a empresa ou para um líder. Sem estação de trabalho, sala, uniforme ou cartão ponto, ele presta seu serviço anywhere, anytime e, talvez, nunca vá à sede da empresa. Ele disponibiliza suas habilidades e competências sem prejuízo de seus projetos pessoais por contrapartidas que ele considera justas.

Esse novo profissional exige uma mudança de perfil também do líder e gestor.

A relação não é mais de subordinação hierárquica tradicional, mas é baseada numa liderança emocional conquistada e reconhecida. O resultado está ligado ao modo como o líder administra competências e habilidades de cada membro em benefício do time e da busca de sucesso.

O ASSÉDIO MORAL se confunde com a falta de tato e de educação, passa pela pressão psicológica e chega ao abuso de autoridade. Desde setembro de 2022, há uma lei que exige que as empresas tenham treinamentos e canais para receber denúncias sobre esses temas.

O treinamento de líderes é fundamental. No caso de contratações de líderes, é importante a adaptação à cultura e à equipe. No caso de promoção ou movimentação interna, ajustes no perfil profissional, entendimento do ambiente e competência para gestão de pessoas dão o embasamento necessário para exercer o cargo, eliminando a cultura de que chefe/patrão manda, funcionário obedece.

A COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA é uma ferramenta importante na diminuição desse problema, porque o trato interpessoal humano e respeitoso passaram a ter importância como aceleradores e impulsionadores de desempenho.

Ela segue um círculo virtuoso – observação, sentimento, necessidade e proposta, que leva ao engajamento do profissional.

A ênfase exagerada e autoritária pode ser confundida com assédio, um assunto que precisa parar de ser tratado como mimimi ou desinteresse e entender que isso é apenas RESPEITO.

A comunicação não violenta evita ou restringe o assédio moral e sexual e educa para uma comunicação interpessoal respeitosa.

A difusão de uma cultura de respeito e tolerância zero através da conscientização e treinamento pode esclarecer e combater as várias formas de conflitos seja homem-mulher, homem-homem, mulher-mulher, líder-liderado, júnior-sênior, patrão-empregado.

A cultura deve privilegiar o relacionamento interpessoal democrático e pode começar com a diversidade do time.

É um grande passo para o combate ao racismo, intolerância, assédio, preconceito, etarismo, homofobia e tantos outros comportamentos que contaminam o ambiente de trabalho.

É uma conscientização e treinamento que pode mudar a vida pessoal do colaborador, levar para seu mundo uma nova postura e conscientização.

É importante identificar o problema para poder tratar com eficiência. E não vale o "eu sou assim", "esse é o meu jeito"... se é errado, está errado em qualquer lugar.

A demissão por assédio de um funcionário competente gera três graves problemas às empresas: o custo de demissão, preenchimento da vaga e a manutenção das maçãs podres.

Comunicação Não Violenta não pode ser marketing, mas um compromisso real.