Sempre que um estereótipo surge, uma personalidade desaparece.
Estereótipos reduzem a complexidade e a individualidade das pessoas e fazem com que sua singularidade e suas experiências pessoais sejam ignoradas. É um processo para enquadrar as pessoas em padrões de dominação que acabam por impedir o autoconhecimento, crescimento pessoal e levam ao conformismo.
Consumir um produto, usar uma roupa, comprar um automóvel, possuir um modelo de celular sempre tem conexão com padrões de comportamento e espelhamento em personalidades com ou sem qualquer importância.
Alguns lembrarão de quando os carros saiam de fábrica coloridos. Hoje são preto, cinza ou branco. Em contrapartida, qual o comercial/anúncio mostra carro nessas cores? Ter um carro colorido exige muita sorte ou pagar por isso.
Às vezes há bons exemplos como a influencer estadunidense e a obra Brás Cubas, de Machado de Assis, mas na maioria das vezes, a sociedade não tem tanta sorte.
A educação formal não encontrou um modo de mostrar como usar a inteligência para superar isso e o sistema impede que arte, cultura e ciência exerçam seu papel de provocar, desafiar e contestar estereótipos.
O mercado diz que ter é mais importante que ser e, bovinamente, avançamos ao brete.
É fundamental valorizar a individualidade e buscar compreender as pessoas como seres humanos complexos e multifacetados, ao invés de reduzi-las ao senso comum e categorizá-las.
Há esperança na nova geração que faz do consumo um ato político-cultural exigindo responsabilidade e comprometimento de marcas e produtos.
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