Cincopes

on 17 julho 2025

POLÍTICA - BRICS, A GEOPOLÍTICA SE MOVE

Money is blind to ideology (Dinheiro é cego à ideologia).
Money has no country. (Dinheiro não tem pátria)
What moves the world are interests. (O que move o mundo são os interesses)
Ideology is for the weak. (Ideologia é para os fracos)
The rich have no ideology. (Ricos não têm ideologia)
Ideology is the emotion of the poor. (Ideologia é a emoção dos pobres)
Frases extraídas de livros de autoajuda e perfis coachs.

Ele é financista, não presidente e está consciente que o poder se esvai.

O BRICS busca promover um sistema internacional mais equilibrado, com maior participação dos países em desenvolvimento e emergentes.  É um ambiente em que todos falam e podem defender seus interesses, sem a possibilidade de veto de poucos contra a vontade da maioria, como ONU, OCDE ou o FMI. Pressiona o Brasil mirando o BRICS.

O bloco tem se mostrado um mecanismo eficaz para aprofundar a cooperação econômica e financeira entre seus membros e com outros países do Sul Global.

A busca por um sistema internacional mais multipolar e a defesa do multilateralismo são seus objetivos centrais e buscam uma governança global mais inclusiva e sustentável.

A busca por um sistema internacional mais justo e equitativo tem sido uma bandeira do BRICS, que defende a reforma de instituições globais como o Conselho de Segurança da ONU e o FMI.

A parceria do BRICS busca construir relações baseadas em igualdade, abertura, cooperação e benefício mútuo, com um forte senso de identidade e pertencimento entre os membros.

A cooperação em áreas como segurança alimentar, energia e finanças e o desenvolvimento de projetos de infraestrutura e interconexões culturais são importantes para fortalecer o bloco e ampliar sua influência.

A proposta do Brics ressuscita a bolsa de moedas para o comércio internacional, derrotada pela chantagem com o dólar, diante da fragilidade dos países europeus pós segunda guerra. O acordo de Bretton Woods foi o grande responsável pelo crescimento econômico e geopolítico estadunidense. Em 1973, ganhou fôlego com a criação do petrodólar durante a crise do petróleo, mas desde o avanço dos tigres asiáticos, nos anos 80, vem perdendo terreno.

O conservadorismo de sua elite agrava o quadro. Um país com o poder econômico que teve, jamais investiu em saúde, educação e modernização de sua infraestrutura. Seus trens ainda são os mesmos do século passado, assim como portos e o sistema bancário. Cheques ainda são entregues pelo correio. Não é de graça a briga com o pix, afinal ele limita o mercado de produtos das big techs como Google Pay e Apple Pay.

A instabilidade política e econômica pela qual passa o país, abala seus últimos argumentos sólidos – estabilidade e credibilidade.

No ano passado, mais um passo importante foi dado para a desdolarização da economia mundial. Os países da OPEP começaram a deixar de exigir lastro em dólares e passaram a transacionar em euro ou reciprocidade em moedas nacionais.

Recentemente, o corte drástico de impostos, o aumento do endividamento e a queda da capacidade das empresas e da inteligência nativa reagir, agravaram o quadro.

Os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) têm apresentado um crescimento econômico sustentável, superando a média mundial em alguns casos.

O Brics tem 50% da população mundial, 60% do comércio internacional e seu PIB de 37% supera o do G7.

Detém os maiores polos de inovação em microeletrônica, nanotecnologia, biotecnologia, tecnologias de eficiência energética e energia renovável e mudanças climáticas.

Investiu fortemente em conhecimento e compartilhamento do saber com a Liga de Universidades do Brics, um consórcio que reúne mais de 200 centros acadêmicos e de pesquisa do mundo, sendo 20 brasileiras, focados principalmente em inovação, tecnologia, ciências sociais e humanas.

O bloco pode se tornar um contrapeso ao G7 e outros poderes globais se seus membros consolidarem suas relações e aprofundarem sua influência.

E o Brasil é a maior democracia do ocidente com um mercado interno crescente, renda média evoluindo, desemprego em permanente queda, recursos naturais, energia, capacidade de aumento de produção agrícola sem aumentar um hectare de área cultivável, pesquisa e tecnologia de volta nos trilhos, ciência e educação se recompondo, base social razoavelmente assistida, PIB crescente, menor relação dívida/PIB entre seus membros e posição geopolítica importante no continente americano.

Ah, mas são amigos de ditaduras!!

Até podem ser, mas me mostra um país que rejeita uma ditadura com dinheiro ou recursos, mas que atenda seus interesses de soberania, geopolítica e livre comércio?

Tô só pelo primeiro europeu a abrir a porteira.

Aposto na Espanha.