Minha geração tinha o ano 2000 como horizonte futuro, distante e enigmático.
Hoje, ele é um ponto perdido em nosso passado,
distante e nostálgico.
Assistir 2001, Uma Odisséia no Espaço, união
do futurismo de Artur Clarke e a genialidade de Stanley Kubrick,
era uma viagem de tirar o fôlego e uma provocação à nossa imaginação.
Em 1975, eu trabalhava na IBM e via espantado os dinossauros irmãos do HAL ocupando salas enormes, andares inteiros, acomodando máquinas gigantes, combos que uniam CPU, leitoras de cartões, unidades de disco, impressoras barulhentas, unidades de fita e outros periféricos, sem imaginar que hoje tudo aquilo caberia em nanômetro e o papel que a tecnologia teria em nossa vida, 50 anos depois.
Empresas, governos e corporações faziam orçamentos
anuais e planejamento estratégico de médio e longo prazo com certa segurança,
porque as mudanças aconteciam num outro ritmo.
Se 2001 era um mistério para um jovem de 17 anos,
2025 era inimaginável.
O que mudou?
Em negócios, você deve estar sempre preparado,
porque, às vezes, tropeça no novo e tem dificuldade em reconhecê-lo.
A IBM, dona do protagonista de 2001, é um exemplo
de como falta de visão e portfólio único ou reduzido são fatais para uma
empresa.
Criadora do desktop, não entendeu para onde ia o
mercado e foi superada por Microsoft e Apple. Num processo longo e doloroso, se
reposicionou e voltou ao mercado com softwares, serviços corporativos e cloud
service.
Os planejamentos e orçamentos anuais e plausíveis
viraram projeção de cenários de um futuro incerto, um novo mundo, um
novo ser humano com um novo jeito de ser, um novo jeito de viver,
uma nova sociedade, que nos surpreende dia após dia.
Alguém imagina o Google sendo apenas um site de
buscas? Ou a 99 com foco apenas na mobilidade? Ou a Meta preocupada apenas com
o Facebook? Ou a Uber apenas transportando pessoas? Ou a Amazon apenas vendendo
livros?
Entender o momento de seu cliente não lhe garante
sucesso, porque a sociedade é dinâmica, as necessidades do consumidor mudam e a
concorrência age todos os dias.
Você precisa ter consciência de que nasce para um
consumidor e vende para outro. Na recompra, algo mudou em seu jeito de
agir ou pensar.
A sua sobrevivência está em compreender
o mercado, inovar, aplicar inteligência estratégica, oferecer soluções
antes da concorrência, estar presente no dia a dia do cliente e
posicionar sua marca baseado na relevância e constância.
Quando isso acontece?
Sempre! Se você não souber que seu público mudou, o
que ele quer, onde ele está e para onde o mundo vai, você é um “zumbusiness”,
um CNPJ zumbi vagando no mercado sem relevância.
Reclama que o mercado tá ruim, mas a concorrência
vende. Reclama da crise, mas o consumidor compra na loja ao lado. Reclama de
tudo, mas seu turnover está alto.
Se há concorrência é porque há um cliente
que você tem a obrigação de conhecer e entender.
Negócios geram negócios! Constância e relevância
dão vida longa à marca.
O que nosso cliente vai querer amanhã? O que a
concorrência vai fazer no ano que vem? Como será o mercado em que atuamos em três
anos? Como será o mundo em cinco anos?
Pense nisso agora, já, porque o futuro é hoje.
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