“Energia é o que tenciona o arco. Decisão é o que solta a flecha”, Sun Tzu
A vida nos prende em demandas permanentes e, automaticamente, tomamos inúmeras decisões envolvendo família, negócios, trabalho, vida social, lazer e as onipresentes redes sociais. Cada atitude consome energia e saber equilibrar seu potencial com bom senso facilita a tomada de decisão com mais segurança.
Se um fato afeta nossa rotina, o cérebro
exige uma reação. Ao sair de casa, o rádio noticia um engarrafamento na sua
rota, por exemplo. É uma decisão banal e, escolher rapidamente, evita o
desgaste e economiza energia para tomar decisões realmente importantes.
Se você definiu prioridades, avaliou o que é essencial,
importante e fundamental vai dar a devida importância ao assunto
e usará apenas a energia necessária à superação do problema.
Energia é a força que brota de seus sentimentos, nos tira da inércia, entusiasma
e alimenta o desejo de mudança. Decisão é um consciente ato de coragem,
a atitude que transforma intenção em ação e direciona a energia para
alcançar um objetivo, superando o medo de errar.
Todas as decisões são tomadas na Área de
Inteligência, regiões do cérebro que recebem, coordenam e respondem aos
nossos impulsos. Elas armazenam conhecimentos, experiências, conceitos,
preconceitos e entendimentos num banco acessado intuitivamente que seleciona,
combina e aplica os dados necessários à tomada de decisão.
Usar conscientemente os mecanismos é o que chamamos
de raciocínio lógico.
A decisão rápida, comum geralmente relacionada aos
processos repetitivos ou rotinas, é a intuitiva.
Empregamos em nossa vida pessoal, mais a
intuitiva que a lógica. Profissionalmente, a inteligência emocional
combina autoconhecimento com empatia, facilitando a visão clara e objetiva da
situação., nos levando a decisões mais conscientes.
O psicólogo Howard Gardner mapeou competências
intelectuais distintas e chegou a nove diferentes inteligências:
linguística, espacial, naturalista, existencial, intrapessoal, interpessoal,
musical, corporal-cinestésica e lógico-matemática. Outros agregaram a emocional
e a intuitiva.
Inexiste escolha mais ou menos inteligente ou
isentas de lógica e emoção, porque o homem é um mix consciente de razão
e emoção.
Escolha suas decisões, preserve sua energia para
pensar e decidir estrategicamente. O acúmulo de decisões põe em risco suas
análises. Delegue à equipe escolhas táticas, porque compartilhar
fortalece o espírito de equipe e incentiva a participação e o desenvolvimento
individual do time.
Respeite a jornada do gestor: propõe ou
recebe os fatos; divide com o time; conversa com técnicos e funcionários
ligados ao problema; busca consultoria e mentoria; recebe informações, dados,
feedback e sugestões; avalia prós e contras e, valida o consenso ou toma a
decisão final.
Respeite prazos, a indecisão pode ser sinal
de procrastinação ou ruminação de pensamentos.
Prepare-se para decidir reservando um tempo para
definir se a decisão depende exclusivamente de você, um exercício
consciente de atenção plena e reflexão. Esteja em paz, tranquilo, sinta suas
emoções e foque no que realmente precisa decidir. Se for o caso, dê um passeio,
leia um livro, assista um filme, até retomar a paz. Pode não ajudar na
melhor decisão, mas afasta a impulsividade e a influência de sentimentos que
podem afetar sua perspectiva.
Boas decisões são tomadas quando você usa suas
emoções de forma inteligente.
Pior que uma decisão errada é não decidir. O erro
pode ser corrigido, mas a indecisão é nada.
Até hoje, praticamos o pensamento cartesiano
na tomada de decisões, mas a Geração Z nos surpreende ao subverter essa lógica,
com desapego emocional e material, menosprezam a posse, dão um valor diferente
às raízes, compromissos e bens, e optaram por um tipo de liberdade que
desconhecemos.
Ainda não entendo se é bom ou não, eles desenham um mundo que não viverei para ver.
Emoticon Emoticon