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on 23 setembro 2025

PLANEJAMENTO - ENERGIA E DECISÃO

“Energia é o que tenciona o arco. Decisão é o que solta a flecha”, Sun Tzu

A vida nos prende em demandas permanentes e, automaticamente, tomamos inúmeras decisões envolvendo família, negócios, trabalho, vida social, lazer e as onipresentes redes sociais. Cada atitude consome energia e saber equilibrar seu potencial com bom senso facilita a tomada de decisão com mais segurança.

Se um fato afeta nossa rotina, o cérebro exige uma reação. Ao sair de casa, o rádio noticia um engarrafamento na sua rota, por exemplo. É uma decisão banal e, escolher rapidamente, evita o desgaste e economiza energia para tomar decisões realmente importantes.

Se você definiu prioridades, avaliou o que é essencial, importante e fundamental vai dar a devida importância ao assunto e usará apenas a energia necessária à superação do problema.

Energia é a força que brota de seus sentimentos, nos tira da inércia, entusiasma e alimenta o desejo de mudança. Decisão é um consciente ato de coragem, a atitude que transforma intenção em ação e direciona a energia para alcançar um objetivo, superando o medo de errar.

Todas as decisões são tomadas na Área de Inteligência, regiões do cérebro que recebem, coordenam e respondem aos nossos impulsos. Elas armazenam conhecimentos, experiências, conceitos, preconceitos e entendimentos num banco acessado intuitivamente que seleciona, combina e aplica os dados necessários à tomada de decisão.

Usar conscientemente os mecanismos é o que chamamos de raciocínio lógico.

A decisão rápida, comum geralmente relacionada aos processos repetitivos ou rotinas, é a intuitiva.

Empregamos em nossa vida pessoal, mais a intuitiva que a lógica. Profissionalmente, a inteligência emocional combina autoconhecimento com empatia, facilitando a visão clara e objetiva da situação., nos levando a decisões mais conscientes.

O psicólogo Howard Gardner mapeou competências intelectuais distintas e chegou a nove diferentes inteligências: linguística, espacial, naturalista, existencial, intrapessoal, interpessoal, musical, corporal-cinestésica e lógico-matemática. Outros agregaram a emocional e a intuitiva.

Inexiste escolha mais ou menos inteligente ou isentas de lógica e emoção, porque o homem é um mix consciente de razão e emoção.

Escolha suas decisões, preserve sua energia para pensar e decidir estrategicamente. O acúmulo de decisões põe em risco suas análises. Delegue à equipe escolhas táticas, porque compartilhar fortalece o espírito de equipe e incentiva a participação e o desenvolvimento individual do time.

Respeite a jornada do gestor: propõe ou recebe os fatos; divide com o time; conversa com técnicos e funcionários ligados ao problema; busca consultoria e mentoria; recebe informações, dados, feedback e sugestões; avalia prós e contras e, valida o consenso ou toma a decisão final.

Respeite prazos, a indecisão pode ser sinal de procrastinação ou ruminação de pensamentos.

Prepare-se para decidir reservando um tempo para definir se a decisão depende exclusivamente de você, um exercício consciente de atenção plena e reflexão. Esteja em paz, tranquilo, sinta suas emoções e foque no que realmente precisa decidir. Se for o caso, dê um passeio, leia um livro, assista um filme, até retomar a paz. Pode não ajudar na melhor decisão, mas afasta a impulsividade e a influência de sentimentos que podem afetar sua perspectiva.

Boas decisões são tomadas quando você usa suas emoções de forma inteligente.

Pior que uma decisão errada é não decidir. O erro pode ser corrigido, mas a indecisão é nada.

Até hoje, praticamos o pensamento cartesiano na tomada de decisões, mas a Geração Z nos surpreende ao subverter essa lógica, com desapego emocional e material, menosprezam a posse, dão um valor diferente às raízes, compromissos e bens, e optaram por um tipo de liberdade que desconhecemos.

Ainda não entendo se é bom ou não, eles desenham um mundo que não viverei para ver.