Hugo Motta é muito mais fraco do que Severino Cavalcanti.
Lembram dele?
Severino foi o primeiro representante do baixo clero a chegar à presidência da Câmara e, também, iniciou a síndrome da desgraça que acompanha o parlamentar que deixa a presidência. É o símbolo da mudança ocorrida na política após seu grupo tomar de assalto o congress, o tornando o antro que é hoje.
O baixo clero
usa a corrupção para se locupletar, aponta seus defeitos nos outros e tem sua
própria narrativa para o verdadeiro problema do país.
Discurso de
ódio, corrupção, golpe, infiltração do crime, lobistas e interesses pingando na
conta corrente são suas práticas recorrentes com o único propósito de abalar a
credibilidade da política.
Vencida pelo
fisiologismo e pela corrupção, a política viu surgir as bancadas setoriais
(bala, bíblia, boi e bolsonarista) sem qualquer compromisso público a não ser
defender interesses pessoais ou daqueles que se apropriaram do Estado.
O centrão, antes o fiel da balança para evitar avanços progressistas, se tornou um covil de interesseiros e coronéis donos de partidos, muitas vezes com loteamento regional e interesses antagônicos dentro da mesma legenda, chegando à violência criminosa e religiosa.
Há ainda a
banda da selfie formada por narcisos monetizadores que descarregam impropérios
e mentiras, vendem jogos e produtos discutíveis e manipulam incautos e servis.
Se alimentam da ignorância dos inseguros, da dissonância cognitiva dos
ideológicos e do rancor dos preconceituosos e invejosos.
Motta não manda,
não tem carisma, não conhece os meandros da política, não tem poder e nem a
mínima noção do porquê está ali. Lira e Eduardo Cunha assumiram o comando. Lira
tenta ser a eminência parda para manter o poder, é o grande articulador da PEC
da blindagem e quer ser a quebra da maldição dos ex-presidentes. Cunha, sem
mandato, opera na surdina despachando no gabinete da filha. Deixou sua
impressão digital na virada pelo voto secreto na PEC da Blindagem. É uma
prática que usou muito quando era presidente da Câmara, colocando em votação a
mesma pauta, até ter o resultado de seu agrado. A imprensa deve ao país uma
matéria sobre seus passos.
Pra lembrar
sobre os últimos dois dias lamentáveis no congresso:
1. Motta aceita
a indicação de deputado ausente como líder da minoria, mesmo ele conspirando
contra o país num autoexílio nos EUA para fugir da cadeia.
2. Em votação
relâmpago, aprovou a PEC que blinda os corruptos.
3. Aprovada a
urgência para a tramitação da anistia aos golpistas.
4. Paradoxalmente,
como se o congresso estivesse num mundo paralelo, acontecia a audiência pública
“Conexão entre a ufologia, o uso da Lei de Acesso à Informação e seus
potenciais impactos para a informação da sociedade e manutenção da soberania
nacional”.
Realmente,
eles estão em outro mundo, preocupados com espionagem de ETs.
O
parladroamento vai decidir se os parladrões podem ser investigados. Se
condenados, decidirão se a pena vale ou não. E incluíram os
presidentes de partido com o mesmo foro privilegiado do presidente, ministros e
parlamentares. Em breve, o crime organizado tomará conta do congresso com a
garantia de impunidade.
Eles sabem
que blindagem e anistia têm poucas chances de serem aprovadas no Senado e se
passarem, serão contestadas e derrubadas no STF. Seu único desejo é alimentar o
discurso contra a política e enfraquecer as instituições. Além disso, buscam
complicar e tumultuar o ambiente político com o domínio das manchetes com o
propósito de abafar as pautas positivas do governo.
Sugiro que o
ministro Dino use a lista dos que votaram a favor para direcionar as
investigações sobre corrupção.
O PT liberou
a bancada e acho que foi um erro, mas também é uma forma do partido descobrir
quem é quem e como pensam alguns partidários de “esquerda”.
Enquanto
isso, o projeto que aumenta a isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil, chegou na
Câmara em maio, em 21 de agosto foi aprovada a tramitação urgente, mas até
agora, NADA!
O aumento do
limite de isenção da MEI para R$ 151 mil está no Congresso desde 2023 e, até
agora, NADA!
Preocupados
com extraterrestres, mas votar a regulamentação das big techs, até
agora,, NADA!
Quem será o nosso Terry Malloy?
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