Cincopes

on 18 setembro 2025

POLÍTICA - SINDICATO DE LADRÕES

Hugo Motta é muito mais fraco do que Severino Cavalcanti.

Lembram dele?

Severino foi o primeiro representante do baixo clero a chegar à presidência da Câmara e, também, iniciou a síndrome da desgraça que acompanha o parlamentar que deixa a presidência. É o símbolo da mudança ocorrida na política após seu grupo tomar de assalto o congress, o tornando o antro que é hoje.

O baixo clero usa a corrupção para se locupletar, aponta seus defeitos nos outros e tem sua própria narrativa para o verdadeiro problema do país.

Discurso de ódio, corrupção, golpe, infiltração do crime, lobistas e interesses pingando na conta corrente são suas práticas recorrentes com o único propósito de abalar a credibilidade da política.

Vencida pelo fisiologismo e pela corrupção, a política viu surgir as bancadas setoriais (bala, bíblia, boi e bolsonarista) sem qualquer compromisso público a não ser defender interesses pessoais ou daqueles que se apropriaram do Estado.

O centrão, antes o fiel da balança para evitar avanços progressistas, se tornou um covil de interesseiros e coronéis donos de partidos, muitas vezes com loteamento regional e interesses antagônicos dentro da mesma legenda, chegando à violência criminosa e religiosa.

Há ainda a banda da selfie formada por narcisos monetizadores que descarregam impropérios e mentiras, vendem jogos e produtos discutíveis e manipulam incautos e servis. Se alimentam da ignorância dos inseguros, da dissonância cognitiva dos ideológicos e do rancor dos preconceituosos e invejosos.

Motta não manda, não tem carisma, não conhece os meandros da política, não tem poder e nem a mínima noção do porquê está ali. Lira e Eduardo Cunha assumiram o comando. Lira tenta ser a eminência parda para manter o poder, é o grande articulador da PEC da blindagem e quer ser a quebra da maldição dos ex-presidentes. Cunha, sem mandato, opera na surdina despachando no gabinete da filha. Deixou sua impressão digital na virada pelo voto secreto na PEC da Blindagem. É uma prática que usou muito quando era presidente da Câmara, colocando em votação a mesma pauta, até ter o resultado de seu agrado. A imprensa deve ao país uma matéria sobre seus passos.

Pra lembrar sobre os últimos dois dias lamentáveis no congresso:

1.       Motta aceita a indicação de deputado ausente como líder da minoria, mesmo ele conspirando contra o país num autoexílio nos EUA para fugir da cadeia.

2.       Em votação relâmpago, aprovou a PEC que blinda os corruptos.

3.       Aprovada a urgência para a tramitação da anistia aos golpistas.

4.       Paradoxalmente, como se o congresso estivesse num mundo paralelo, acontecia a audiência pública “Conexão entre a ufologia, o uso da Lei de Acesso à Informação e seus potenciais impactos para a informação da sociedade e manutenção da soberania nacional”.

Realmente, eles estão em outro mundo, preocupados com espionagem de ETs.

O parladroamento vai decidir se os parladrões podem ser investigados. Se condenados, decidirão se a pena vale ou não. E incluíram os presidentes de partido com o mesmo foro privilegiado do presidente, ministros e parlamentares. Em breve, o crime organizado tomará conta do congresso com a garantia de impunidade.

Eles sabem que blindagem e anistia têm poucas chances de serem aprovadas no Senado e se passarem, serão contestadas e derrubadas no STF. Seu único desejo é alimentar o discurso contra a política e enfraquecer as instituições. Além disso, buscam complicar e tumultuar o ambiente político com o domínio das manchetes com o propósito de abafar as pautas positivas do governo.

Sugiro que o ministro Dino use a lista dos que votaram a favor para direcionar as investigações sobre corrupção.

O PT liberou a bancada e acho que foi um erro, mas também é uma forma do partido descobrir quem é quem e como pensam alguns partidários de “esquerda”.

Enquanto isso, o projeto que aumenta a isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil, chegou na Câmara em maio, em 21 de agosto foi aprovada a tramitação urgente, mas até agora, NADA!

O aumento do limite de isenção da MEI para R$ 151 mil está no Congresso desde 2023 e, até agora, NADA!

Preocupados com extraterrestres, mas votar a regulamentação das big techs, até agora,, NADA!

Quem será o nosso Terry Malloy?