Passada a reclusão da pandemia, os jovens entre 12 e 25 anos, passaram a
ter uma nova visão de mundo.
O pânico da Covid os manteve on
line e usaram essa limitação para ampliar
seus horizontes.
Consciência social, empatia, consumo responsável e consciência ambiental estão
entre os temas que forjaram uma geração mais humana e solidária. Eles
têm consciência ética, evitam
comprar produtos de empresas sem uma causa ou que tenham violado princípios que
valorizam. É uma comunidade sem fronteiras que fala o idioma universal da web, conectada por um
meme, emoji ou hashtag.
Com o fim da pandemia, voltaram às ruas e às compras físicas, mas não
abandonaram os ensinamentos de cuidado e consciência. Eles não compram em
grandes lojas e shoppings, estão buscando brechós físicos, pequenas lojas, comércio
de vizinhança, vendas de desapego, feiras de pulgas ou aplicativos de revenda, aproveitando o espírito
consumista dos outros em seu benefício.
O lixo de um se tornou o tesouro de outro.
Um relatório do E-Bay mostra que 86% dos Gen Z incentivarão o Amigo
Secreto em família, comprarão um presente de Natal de segunda mão e pretendem
gastar 23% menos que no ano passado, enquanto os outros consumidores aumentarão
em cerca de 50% o gasto em compras.
Em 2024, especialistas em preços e promoções da Wirecutter analisaram 185.000 ofertas de descontos na Black
Friday e descobriram que apenas 1.700
realmente eram valores promocionais.
Para essa turma, não é só uma questão de dinheiro ou fuga da Black Fraude,
mas o prazer de se divertir pesquisando
para encontrar algo com história, único, de qualidade e com personalidade. Eles
registram sua jornada, da limpeza do
guarda-roupa, passando pela pesquisa, negociação e finalização da compra, e postam em redes sociais alimentando o glamour e espalhando consciência.
O revival recorrente de
produtos também ajuda a ter um modelo original dos anos 2000 em boas condições,
sem pagar preço de moda 2025.
Pesquisa da Nice House, aponta que mais de 80% pesquisam antes de
decidir. O Google é usado por 60%, enquanto 21% usam o Instagram e 10% o Tik
Tok.
Quando se trata de tecnologia,
são mais tradicionais e recorrem às marcas como Apple, Samsung, Sony e Xbox e, em eletrônicos, despontam Philco, Arno, Electrolux e Brastemp.
O varejo precisa estar atento para essa nova faixa de
consumidores porque não há tendência de voltar ao modelo antigo.
Resale, redesign, personalização, troca ou compra de produtos usados tendem
a se consolidar e se tornar uma oportunidade de negócio cada vez maior.
Para a Geração Z, o brechó é fashion, um lugar onde sempre é Black Friday.
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