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on 16 dezembro 2025

PLANEJAMENTO - CEO E POLÍTICO, OS NEXIALISTAS

Foco aberto, visão sistêmica, criativo e inteligência fluida

Há uma grita geral para que postos-chaves de governos, em todos os níveis, sejam ocupados por técnicos ou especialistas, mas é um discurso simplista, de quem desconhece as nuances e tecnicalidades de gestão, tanto pública quanto privada.

Assim como o CEO de uma grande corporação, presidentes, governadores, ministros, secretários devem ser nexialistas, um indivíduo capaz de integrar conhecimentos de diferentes áreas para resolver problemas complexos e propor soluções inovadoras.

O nexialista é, por natureza, um curioso, criativo e questionador, capaz de coordenar e alinhar interesses, gerenciar egos e conhecimentos e dar ordem e sentido a diferentes assuntos, encontrando nexos e pontos em comum.

Um problema na área da saúde ou na produção não envolve só o setor, assim como na educação, comercial ou qualquer outro setor responsável por definir normas e regras. Além da visão política e estratégica, essas questões envolvem economia, sociologia, direito, relações interdepartamentais e interesses que devem ser acomodados para o sucesso da iniciativa.

O político e o CEO, mesmo oriundos de um segmento específico, precisam cercar-se de profissionais que auxiliem no filtro das informações e na obtenção de subsídios porque sua responsabilidade abrange diversos setores.

Um nexialista é um pensador crítico, se apropria dos dados, rejeita respostas superficiais e tem boa capacidade de analisar informações complexas.

Desenvolver essas habilidades faz o CEO e o político serem capazes de conectar informações de diferentes áreas e entender qual será o impacto de seus projetos e decisões em vários setores. Nunca é só a escola, as vendas, o posto de saúde ou a logística, há milhares de influências antes, repercussões durante e grandes impactos depois.

No caso específico do político, para definir seu posicionamento, deve se apresentar como diferente, sem ser comum ou ter fórmulas prontas. Precisa ser criativo ao apresentar soluções simples para problemas complexos de uma nova sociedade.

É difícil encontrar essas habilidades em um político. Sua limitação está em seu ego e na dificuldade em lidar com questões complexas que exigem uma visão mais ampla e integrada. Os interesses pessoais, grupos de pressão e ideologia dificultam uma abordagem nexialista.

Para ter seu espaço na mente do eleitor, ele deve superar seu ego e se rodear de consultorias, expertises e especialistas que facilitem seu caminho. Sua visão estratégica é de acordo com o mandato e seu erro é um ônus pessoal e intransferível.

O CEO tem uma visão estratégica de mercado de longo prazo, tem que satisfazer stakeholders e tomar decisões com agilidade e segurança. Seu erro impacta o todo.

O CEO é pressionado a ter uma atitude nexialista. O político é reticente em compartilhar poder.  Grandes nomes da política eram nexialistas em sua essência e tiveram carreiras de sucesso, marcando seus nomes na história.

Os políticos de tiquitoqui diminuíram a política e imbecilizaram o eleitor com cortes e monetização.

É hora do eleitor praticar o voto consciente e pensar seu voto como solução política para os problemas da sociedade, porque o país exige um comprometimento real, do político e do eleitor.

Precisamos reviver a era da experiência, do conhecimento e do espírito público laico na política.

As empresas aprenderam a fazer política melhor que os políticos.