“Zumbusiness, empresas que estão no mercado achando que tudo vai voltar ao normal, quando na verdade o problema era o normal”, Edson Mackeenzy
Estamos
em meio a uma nova revolução industrial, mas a maioria dos empresários continua
presa no passado. Revolução pressupõe ruptura, mudança, novos pensamentos e
abandono de conceitos e processos que não se encaixam nos novos tempos.
Negócios
foram, e sempre serão, baseados em premissas básicas – produto, mercado, equipe
(outside), custos, lucratividade e rentabilidade (inside). Se não couber nesses
pressupostos, não é negócio, é filantropia, hobby.
Jeff Gothelf e Josh Seiden escreveram, em 2017, o livro Sense and Respond - How Successful Organizations Listen to Customers and Create New Products Continuosly – (Sentir e Responder - Como Organizações de Sucesso Ouvem Clientes e Criam Novos Produtos Continuamente). É uma análise crítica sobre a tradicional gestão de linha de montagem, esforço físico e intelectual repetitivo se contrapondo à necessidade de as empresas perceberem e responderem instantaneamente aos comportamentos de clientes e funcionários para prosperarem.
O uso de big data e data driven permite que as empresas tenham resultados de CX e CS dos clientes e feed back dos funcionários, imediatamente. As ferramentas de gestão e comunicação permitem o compartilhamento dessas informações com todos, acelerando o fluxo de comunicação interna. A combinação informação-comunicação permite que a inteligência estratégica gere inovação continuamente.
Mudanças não têm a ver com tecnologia, mas com repensar a gestão tradicional, sua visão estratégica, a nova percepção de mundo e fazer mudanças estruturais. Tecnologia são apenas ferramentas que facilitam nossa caminhada ao futuro.
A velha pirâmide organizacional se transformou numa rede flexível.
Da inteligência central passamos para a inteligência em grupo, usinas de ideias, grupos focais, times, squads, conhecimento coletivo, experiência compartilhada.
Da supervisão direta à liberdade e relação de confiança entre líder e liderado, fomentando a criatividade e a responsabilidade do colaborador obrigatoriamente ágil, horizontal e com inteligência fluida.
São tempos do planejamento em sentido inverso ao tradicional, de baixo para cima, aproveitando experiência e conhecimento de quem está em contato direto com o cliente e com o mercado. A empresa tem que transformar seu capital social em um sistema de inteligência.
Da transparência mínima para a máxima, compliance, ética e responsabilidade social. Valores como crescimento e competição, dão lugar à evolução e colaboração.
A organização baseada em processos dá lugar aquela organizada em torno de pessoas motivadas pela inspiração ao invés da transpiração.
Tudo isso impacta na política das empresas e seus valores são compartilhados não só com os acionistas, também com stakeholders. O conceito de sucesso passa a ser o lucro baseado na eficiência e no propósito.
As mudanças incrementais perdem sentido diante da necessidade de mudar, inovar, fazer diferente, fazer o novo.
As empresas devem estar preparadas para o século XXI, para a 4ª Revolução Industrial, para vencer em um mundo de mudanças contínuas. Não é questão de prever ou controlar o futuro, é se preparar para ele.
Se você não tiver disposição de abrir mão do seu poder, ele vai lhe escapar das mãos.
Muitas empresas estão agonizando ou morreram e não sabem. São “zumbusiness”, termo criado por Edson Mackeenzy, que acho perfeito para a situação.
O futuro é hoje.
Emoticon Emoticon