Vamos direto a uma constatação: a cabeça das pessoas é o grande entrave para a evolução. Somos programados para sermos céticos quanto ao novo, ao disruptivo.
Isso nos
leva a compreender nossa realidade atual: não tem nada de novo no mundo, só a cabeça das pessoas.
As pessoas mantinham seus hábitos, costumes, rotinas e o mundo progredia em passos normais.
O delivery
estava aí, os apps de mobilidade, também, assim como o home office, as chamadas
de vídeo, os canais de streaming, a telemedicina, o e-commerce, o teletrabalho
e tantas outras ferramentas e oportunidades.
De repente, surgiu
a pandemia e você não teve mais escolha, foi obrigado a aderir ao futuro.
O mundo
acelerou e seus passos se
transformaram em saltos.
As
distâncias diminuíram, o efeito borboleta é quase imediato, os países se tornaram
interdependentes e as nações mais integradas. As comunidades se tornaram virtuais,
sem fronteiras e não são mais geracionais, são de propósito, causa e conteúdo. Seus membros são de várias
idades, gêneros, etnias e multi-idiomas, mas falam a mesma língua.
O vovô não
precisa mais da ajuda do neto para acessar o banco via computador, entender os
botões do controle remoto da TV Smart, fazer compras on-line e descobriu um
mundo de novidades e conhecimento na web. A vovó conversa pelo whats app, dá
receitas no TikTok, posta dicas de estilo de vida no seu perfil e tem grupo de
amigas no Telegram. E ambos têm opiniões e pontos de vista pra compartilhar na
política, economia e cultura.
O isolamento
e a dependência tecnológica equalizaram
as diferenças geracionais no manuseio de equipamentos, apps e uso da tecnologia.
A experiência ganhou uma vitrine e o silver money se tornou mais importante
para o caixa das empresas.
Para o bem e
para o mal, estamos nos adaptando à nova realidade.
Aos poucos,
as coisas terão uma nova realidade. As empresas entenderão uma verdade: você
contrata habilidades e competências, não o colaborador. Diminuirão
as reuniões on line, extremamente estressantes. As pessoas aprenderão a ser
mais eficientes. O home office
evoluirá para o anywhere office. O
ambiente de trabalho será virtual e diverso em idade, gênero e etnia. Os
profissionais terão mais canais e tempo para investirem em qualificação contínua. As pessoas aprenderão a viver.
Não adianta você pensar o futuro da sua empresa olhando para o presente. Quem observa o mundo o entende mais e pode juntar pedaços espalhados e apresentar uma ideia inovadora ou criar uma solução. O futuro é ontem!
A
urbanização deve sofrer um profundo impacto. Nas pequenas e médias cidades
surgirão condomínios com infraestrutura completa para abrigar famílias em busca
de conforto e segurança; profissionais optarão por locais com qualidade de vida
e não por proximidade do mercado de trabalho (working from anywhere); a
mobilidade urbana vai ter que encontrar outras soluções que não o carro; a
economia compartilhada e colaborativa vai expandir exponencialmente; os campi
universitários diminuirão de tamanho e o maior espaço será destinado a parques
tecnológicos e pesquisas; e todos os setores relacionados a isso – engenharia,
postos de combustíveis, móveis e decoração, brinquedos lúdicos e educacionais,
automobilístico, tecnologia, serviços, imobiliário etc – serão impactados
fortemente.
Nunca a sigla FUTECH - Futuro, Tecnologia, Criatividade e Humanidade, foi tão real.
As empresas
que entenderem esse futuro mais rápido, levarão vantagem na apresentação de
soluções, conquista de mercados e captação do cliente. Com foco do cliente, a
empresa foca na geração de valor e não
vende, as pessoas compram.
As pessoas não apenas vivem mais, estão também rejuvenescendo mais. Isso vale para as empresas, atualização e inovação. Rejuvenesça com o mundo.
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