PROSA - FÉ E AMOR

“Todos os caminhos levam à morte. Perca-se”, Jorge Luís Borges.

Essa frase do escritor Jorge Luís Borges encerra uma grande verdade.

Na China, quando uma praça é construída, não se fazem caminhos ou passeios, o povo cria seus próprios caminhos.

Na cultura ocidental, tentam nos indicar tantos caminhos em nosso perambular pelo mundo, sempre indicados como seguros e o melhor para nós. Nos indicam por onde ir, qual religião seguir, que profissão exercer, a obrigação do casamento e com ela a paternidade, o trabalho como segurança, ser de direita ou esquerda e tantos outros de menor importância, mas exemplos de domínio subjetivo, como torcer por esse ou aquele clube de futebol.

Se perca na vida, se perca em amor, se perca de emoção, se perca em carinhos, se perca com fé, porque se perder pode ser um reencontro com você mesmo.

A vida é fé e amor, uma aventura de eternas descobertas e aprendizados. É a prática diária de ter fé nas pessoas e viver para o amor e pelo amor.

Permitir se perder é ter fé que o amor sempre estará em alguma curva do caminho.

O maior ato de amor que conheço é ter filhos.

Se você deixou filhos, eis aí seu legado ao mundo. Filhos sempre fazem a morte importar um pouco menos.

Seus filhos não são riquezas, são sua vida fantasticamente mais rica.

Só quem tem fé na vida, na força da natureza, na evolução do homem e no futuro traz ao mundo uma nova vida.

Se lhe falta fé ou amor, porque viver? Só louco imagina a vida sem paixão.

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