A mentoria acontece naturalmente em relacionamentos interpessoais, numa convivência em que conhecimentos e experiências fluem entre pessoas estimulando o desenvolvimento pessoal e profissional mútuo.
Diferente do coaching, onde se
busca a superação de limites pessoais, a mentoria foca em aprimorar potenciais e desenvolver
pontos específicos em áreas críticas
como gestão, negócios, relacionamento, administração financeira, comunicação,
planejamento ou marketing pessoal, através de suporte emocional e profissional.
O crescimento pessoal é uma consequência natural.
Numa empresa, ela pode ser
institucionalizada dentro de um PDI ou plano desenvolvimento de lideranças.
Nesse caso, as possibilidades de promoção, plano de carreira e mudanças
internas devem ser públicas, motivando o colaborador e dando autonomia quanto a
sua participação.
Outros fatores como qualidade de
vida, aspirações pessoais, potencial criativo ou desempenho profissional devem
ser avaliados pelo líder direto e pela gestão de RH, servindo como diferenciais
e referências.
Sem omitir proximidade, confiança e constância, a mentoria usa a pedagogia ou a andragogia.
PEDAGOGIA
É a educação dirigida seguindo o princípio da autoridade projetada, com
responsabilidade do mentor quanto ao conteúdo e análise do desempenho. A necessidade
de saber é imposta ao aprendiz. Seu
uso é tradicional com colaboradores novos ou inexperientes com consciência de que
o conteúdo é necessário. A motivação
é efetivação ou promoção. O mentor mostra a importância e vantagens do aprendizado
e o avanço é paulatino, evitando
resistência ou ressentimentos. A experiência pessoal tem menor importância
porque, praticamente, tudo é novo ao
mentorado.
ANDRAGOGIA
A andragogia usa o princípio da paridade, onde mentor e mentorado têm
consciência da necessidade da
mentoria e ambos são ativos no
processo.
O mentorado reconhece a necessidade
e utilidade do conhecimento em sua
vida profissional e pessoal. É sua a decisão de aprender e focar energia no
processo, mesmo motivado por PDI.
O experiente deve ser tratado e
reconhecido por sua vivência e conhecimentos. A imposição de conteúdo
sem que a necessidade prática se justifique pode gerar antipatia ao processo. O mentor avalia a experiência do mentorado e
potencializa seu uso.
Em grupo, há diferentes metas, interesses, cultura e nível hierárquico, sendo
preciso uma equalização para o
avanço conjunto, geralmente usando estudos de casos, trabalhos em grupo, análises
de dados, simulações ou workshops. Individualmente, o uso de entrevistas, trabalhos
de pesquisa, imersões, análises de dados e cases de sucesso dão bons resultados.
É preciso desaprender para aprender,
driblar mindsets, hábitos, conceitos
e preconceitos. As tarefas devem ser avaliadas criteriosamente para não impactar, negativamente, a vida, compromissos
e agendas pessoais e profissionais.
Um dos benefícios da mentoria é sair da zona de conforto com mais
segurança e não se sentir só durante seu desenvolvimento. O mentor incentiva, abre espaço em sua mente
para que ele descubra quem é e o que
quer e, depois, o ajuda a transformar
as descobertas em realidade.
Aos jovens, o aprendizado traz experiência. Aos vividos, a experiência melhora o aprendizado.
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