O crime é muito mais organizado do que o Estado e suas forças de segurança, e a incompetência na gestão, ajudam o crime na formação de quadros e captação de novos soldados.
Os governadores são reféns das
forças policiais que preferem morrer nas ruas a trabalhar em conjunto, com inteligência
e menor risco de vida. Como na guerra, o confronto gera oportunidades e lucro.
SEGURANÇA e DEFESA são responsabilidades CIVIS, não das polícias ou FFAA, executores
de uma política de defesa nacional e
segurança pública definida pela sociedade.
Ministro da defesa e secretários militares ou um para cada polícia, como
no Rio de Janeiro, enfraquecem as
ações de segurança e dão um poder indevido
a quem já tem o poder da arma e do corporativismo. E uma secretaria nacional de
segurança pública só funcionará se todas
as polícias do país centralizarem suas informações num banco de dados nacional único, o que acho muito difícil, basta ver
apenas a integração dos Detrans estaduais ao Senatran e Denatran que não
aconteceu até hoje.
E as políticas devem ser reconhecidas com o maior ou menor direcionamento
de recursos, cabendo a intervenção
federal quando não atingir os índices
mínimos estabelecidos.
Pra não dizer que não trago propostas, sugiro a (1) implantação da Escola
Nacional de Segurança Pública e Inteligência, projeto anunciado em 2018 e que
até hoje não saiu do papel. Um polo para formação de pessoal civil e
qualificação dos militares englobando gestão pública, direitos humanos, segurança
comunitária, inteligência em segurança, operações conjuntas e outras
deficiências de nossas forças policiais; (2) adesão obrigatória a um banco
nacional de dados; (3) uso obrigatório de câmeras corporais; (4) padronização de
equipamentos e armamentos, e (5) revisão pedagógica dos cursos de formação.
O crime não tem fronteiras como mostram o fortalecimento e a nacionalização
das milícias e das facções nos últimos anos e só é possível o combate efetivo com
ação nacional integrada.
Enquanto a sociedade não controlar
o poder armado, o crime o fará e continuaremos reféns de instituições infiltradas por milícias, traficantes e
golpistas.
É minha opinião, sujeita a sugestões e contraditório.
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