“O planejamento não diz respeito às decisões futuras, mas às implicações futuras de decisões presentes”, Peter Drucker.
Economia do Conhecimento é um
termo usado pioneiramente por Peter Drucker, nos anos 60, para se referir a capacidade
de o conhecimento gerar valores tangíveis
e intangíveis. Ele deu o devido
crédito a Fritz Machlup e Frederick Winslow, precursores em usar o conhecimento
como recurso econômico através do
treinamento e desenvolvimento de processos específicos para cada
trabalho resultando numa gestão eficiente
e eficaz.
Nascidos em meados do século 20, os três lançaram as bases da gestão moderna. Muitos executivos e gestores levaram mais de um século para entender que planejamento, regras claras, flexibilidade no ambiente de trabalho, remuneração variável, investimento na qualificação de colaboradores e estruturas enxutas e funcionais facilitam a gestão, reduzem custos e melhoram a rentabilidade. Hoje, a maioria das empresas parece ter entendido a lição e direcionam grande volume de recursos para gestão, educação, design e comunicação.
No século da cooperação, a
economia do conhecimento vem para impulsionar a geração de valor consciente, sustentável e justo.
Conhecimento
não é só o conteúdo acadêmico disponível
em livros, portais, manuais e papers,,
é todo o conteúdo e experiência acumulados em sua trajetória. São massas de informação que não são medidas pela quantidade,
apenas pelo valor que geram ao se
tornarem conhecimento.
China e Coréia do Sul foram as precursoras
da economia do conhecimento como política
de estado focando no aprimoramento de produtos existentes e produção de
similares ou novos com valor agregado, dando vida a máxima “nada se cria, tudo
se copia”. Suas empresas se tornaram as maiores fornecedoras de insumos de alto
valor e qualidade para indústrias e serviços do mundo inteiro pelo forte
investimento em educação e universalização do conhecimento em todas áreas, da
educação à saúde, da segurança à indústria.
Café gourmet, carnes nobres, tecnologia embarcada, veículos autônomos, dinheiro
digital, biociências, agricultura de precisão, roupas sustentáveis, fármacos, componentes
eletrônicos e tantos outros são exemplos da substituição da capacidade de
produção pelo valor agregado pelo conhecimento.
Os polos tecnológicos substituíram as grandes áreas que formavam polos e
distritos industriais. Em um metro quadrado de um polo tecnológico pode se
produzir mais valor econômico, financeiro ou social que um ou mais polos tradicionais.
Somos bombardeados com informações o tempo todo e é preciso uma inteligência fluida para transformar
com rapidez e objetividade essa matéria prima em conteúdos pertinentes. Baseado
em informações, estratégias, inovação e tecnologia, ele pode ser acumulado
indefinidamente, tanto quanto pode ser atualizado ou descartado em curto prazo.
O capitalismo tradicional – trabalho-valor-capital, mudou para conhecimento-valor-capital. O trabalho
deixou de ser um esforço produtivo individual e migrou para comunidades afins e
compartilhadas em redes humanas de cooperação. Mesmo sendo universal,
conhecimento nunca será commodity e
diferentemente de produtos tradicionais, pode ser compartilhado, crescer e
aumentar seu valor em clusters planetários.
O poder está nas mãos de quem detém o conhecimento, não as máquinas,
porque o maior ativo de uma empresa
é a capacidade do seu capital social
gerar valor. A riqueza medida pelo patrimônio, estrutura, filiais e número de
trabalhadores, foi substituída pelo valor da marca, produtividade e potencial
inovador de sua equipe.
O valor do seu negócio está na qualidade do conhecimento gerado e na proposta de inovação da empresa.
Emoticon Emoticon