A polêmica manifestação, estúpida e sincera feita pelo executivo de um curso de EDUCAÇÃO, mostra como machismo, preconceito e discriminação estão entranhados na sociedade
Com essa filosofia, terá sua substituta autonomia e liberdade na gestão da empresa sem o viés do dono? Não foi uma manifestação extemporânea, ela se junta a tantas outras reacionárias, como a que questiona direitos do trabalhador e mostra um comportamento egocêntrico típico de quem não sabe como chegou ao topo.
É
também, um alerta aos líderes e gestores quanto ao cuidado no trato e
respeito com as pessoas, seja subordinado, cliente ou qualquer outra. A
sociedade não tolera mais atitudes deploráveis como essa. O humanismo, a
solidariedade e a empatia avançam, principalmente com as novas gerações,
seja como consumidores ou ingresso no mercado de trabalho.
Aprendamos com elas!
Recentemente,
dois filmes trataram do tema mulher de forma diferente e se prestam a
propósitos com um foco comum. Barbie é uma tentativa de criar
conexão com a realidade, Mulher Rei busca subverter a realidade pela
história da protagonista. Ambas, em um mundo machista e patriarcal. Nem falo em
raça, porque teria várias laudas para preencher.
Mulheres geram
vida. pensam o meio ambiente, são mais unidas, não têm medo de seus sentimentos,
amam seus filhos e têm noção de lar.
No
Brasil, mulheres são dois terços do voluntariado em ongs, assistência
social e filantropia e lideram os movimentos pela preservação ambiental e consciência quanto a mudança climática. Elas são afetadas diretamente por esses temas que tocam os
homens apenas na carteira, para ganhar mais ou menos dinheiro.
O
voluntariado é gratuito, se fosse pago, os homens estariam lá e ganhando
mais do que elas. Mulheres se movem por ideais. Homens agem por interesses,
já dizia Napoleão Bonaparte.
No
mundo, 80% das pessoas deslocadas pelo impacto ambiental são mulheres e
70% das pessoas abaixo da linha da pobreza em todo o mundo.
A
extrema-direita é predominantemente machista, mas tem várias mulheres em sua defesa. No
Partido da Mulher
Brasileira (PMB), 80% dos candidatos a prefeito nessa eleição são
homens.
Seria hilário se não
fosse trágico.
Alguém consegue explicar
por que milhões de mulheres confiam mais em homens para parlamentares, prefeitos,
governadores e presidente do que em outra mulher? Por que desperdiçam seu poder
de mudar o mundo e fazer uma nova história?
É
preciso uma revolução cultural que leve conscientização às
mulheres e educação aos homens desde de pequenos (assista o *vídeo no final), uma tarefa árdua pela
resistência do patriarcado e risco ao poder do macho, principalmente o troglodita.
Ao invés da competição
de testosterona, teríamos o cuidado como força de mobilização e civilização.
As guerras seriam mais difíceis. Enquanto homens mandam soldados para o
combate, as mulheres mandariam seus filhos.
Dou uma dica de leitura, o livro FAÇA ACONTECER: MULHERES, TRABALHO E A VONTADE DE LIDERAR, de Sheryl Sandberg.
Sheryl foi COO e membro dos conselhos de administração do Facebook e
da Walt Disney Company, C-Level do Google e do Departamento do Tesouro estadunidense e a décima mulher mais poderosa do mundo pela Forbes. É
investidora, consultora de negócios e criou uma ONG para ajudar mulheres Te falo de poderosa!!
Sheryl questiona o pequeno espaço das mulheres nos círculos de decisão,
especula sobre os motivos e dá dicas práticas, sensatas e simples para as
mulheres assumirem riscos e usarem seu potencial. Por que costumam julgar seu
desempenho pior do que realmente é? Inclui reflexões sobre seus acertos e erros
num conteúdo útil a qualquer gênero, porque trata de autoestima, igualdade, equidade,
autoconhecimento, respeito e resiliência.
Mulheres
são sujeito e foco da economia do cuidado e mais que lugar de fala, precisam
ter lugar de respeito nos centros de decisão.
Para mulherizar o mundo, precisamos diversificar a sociedade, libertar sentimentos, politizar a política e descolonizar o pensamento.
Assista esse video da Alana para entender como os estereótipos criam um desvio cultural e social.
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