"Em economia, as verdades são incertas. Devemos ser humildes quanto à precisão de nossas teorias. Nossa humildade resulta do conhecimento, não da ignorância”, Paul Samuelson
Economia é uma ciência social e sempre deve ter uma visão
em benefício da sociedade. Quem deve se preocupar com a frieza dos
números são os administradores.
Precisamos de um grande projeto de esclarecimento
nacional sobre ECONÔMICO e SOCIAL.
Um projeto de país precisa de desenvolvimento econômico e social, mas no Brasil, há uma clara supremacia do mercado na defesa apenas do econômico. O econômico nem sempre leva ao desenvolvimento social, mas o social sempre leva ao desenvolvimento econômico.
A importância dada ao PIB (Produto
Interno Bruto) e o ostracismo do FIB (Felicidade Interna Bruta) mostra
com clareza esse distanciamento.
Começa pelos termos usados. Subsídios, isenções
e recursos ao privado são “financiamento” e incentivos. Verbas
para saúde, educação, infraestrutura e assistência social são “gasto”, mesmo
ambos tendo a mesma finalidade e serem oriundos do mesmo contribuinte e do
mesmo cofre.
A história já provou que não existe “crescer
o bolo para depois dividir”, prática que quase quebrou o país e é
responsável direta pela concentração de renda e cartelização
empresarial iniciada no período da ditadura e presentes até hoje.
Se perguntar a qualquer economista do mundo porque nossa taxa de
juros é tão alta diante dos números da economia, nenhum conseguirá
justificar.
Ao contrário, aumenta os investimentos externos, baixa nossa nota em
agências internacionais de rating e as previsões de futuro são otimistas. Quais
suas justificativas? Visão de longo prazo e menosprezo aos detalhes,
o inverso dos interesses políticos e de poder locais.
Nossos economistas negam a humildade, projetam baseados na ignorância
e são mestres em usar malabarismos verbais para justificar o
injustificável.
Diminuiu o desemprego, inflação dentro da meta, aumenta a massa salarial,
custo com funcionalismo diminuiu, aumenta a produção industrial, diiminui a
dependência do agro, serviços crescem acima da média, reservas cambiais altas, mas...
tem sempre um mas.
Agora, ameaçam fazer dois aumentos de juros até o final do ano,
antes da troca de presidente do Banco Central. A desculpa é que o
crescimento está muito rápido, o emprego pressiona os salários e nossa
estrutura não suporta o aumento de demanda de produtos. Como o empresário pode
investir na empresa, pagar melhores salários e adquirir bens de capital com o
juro nas alturas?
Pra eles, sempre tá bom, mas tá ruim.
Só não está bom para quem quer investir, desenvolver, empreender, criar
empregos, gerar renda, exportar e criar um ambiente de desenvolvimento
econômico e social.
Todo o início de ano é a mesma coisa!
ANO |
PIB/Jan |
PIB/Dez |
JURO/Jan |
JURO/Dez |
2022 |
1,2% |
3,1% |
9,25% |
13,75% |
2023 |
1,4% |
2,9% |
13,75% |
11,75% |
2024 |
1,2% |
3,2%* |
11,75% |
11,25%* |
*previsões
Focus
A previsão de juro alto é sempre por uma visão de caos futuro. Apostam
em PIB baixo, inflação alta e maior desemprego, e quando não se concretizam, azar,
já ganharam bastante dinheiro. Tem sido assim sempre, independente de
governo, e será assim se não houver um movimento da sociedade e do empresariado
para mudar o quadro.
E a população, pouco esclarecida e muito manipulada, faz
conjecturas baseadas em ideologia quando na verdade é só dinheiro
mesmo.
E segue o jogo, onde sempre ganham os mesmos.
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