“Ah, ser líder é ser bonzinho, paternalista. Eu sou o chefe, o comando é meu”.
Esse é a típica manifestação de quem desconhece o poder da liderança
positiva.
Liderança está longe do típico paternalismo bonzinho, porque, muitas vezes, suas decisões podem cortar laços, romper barreiras e impulsionar mudanças inimagináveis.
Pessoal e profissionalmente, tive boas experiências ao perceber
potenciais individuais, que mesmo vacilantes, cresceram e amadureceram com
sucesso.
O líder tem confiança no potencial do colaborador e incentiva seu
progresso com inteligência, sem gritos e sem temor.
Quando o dono do Botafogo, o empresário John Textor, transferiu o jogador
Jeffinho para o Lyon, outro clube de sua propriedade, foi muito criticado, mas
sua resposta mostra uma visão de líder que nos ensina muito.
“Muitos jogadores chegam aos clubes e dizem que vieram pelo projeto.
Projeto é o alinhamento da liderança
do clube com o desenvolvimento da
carreira do jogador. Por isso mandei Jeffinho para o Lyon. As pessoas o viam
como inexperiente por ter vindo de um clube menor, mas não era jovem, tinha 23
anos e já era pai”.
Se você não alinhar os desejos da empresa com os dos funcionários,
prepare-se para um alto turn over.
A capacidade de perceber a hora de promover pessoas, deslocar funcionários,
mesclar equipes e chacoalhar o time são importantes.
As empresas brasileiras ainda tem um déficit muito grande em seus planos
de carreira, com promoções sempre verticais como coordenação, supervisão
ou gerência, mantendo estruturas hierarquizadas baseadas na progressão
pessoal. No mundo, é reconhecido o desenvolvimento técnico com a progressão
em Y, usando o tempo de serviço, formação, qualificação ou o mérito para avanços
salariais. É o investimento na progressão profissional do funcionário
que não tem perfil ou não se adapta em novas funções, mas que
tem excelente capacidade profissional, com
grandes vantagens à empresa.
O açúcar só adoça o café com movimentos desordenados da colher.
Emoticon Emoticon