Cincopes

on 11 março 2023

PLANEJAMENTO - INOVAÇÃO, VONTADE OU BOUTADE?

“Os tolos dizem o que farão, os pavões o que estão fazendo e os maduros e experientes somente o que já fizeram”.

É tanto gênio em lives, meets, podcasts, receitas milagrosas e anúncios patrocinados nas redes sociais que não entendo como ainda tem empresa em dificuldades e a economia do país anda de lado.

A política de inovação surgiu no país na primeira década do século 21, muito tarde se comparado com o resto do mundo e com países concorrentes no mercado.

O Brasil se vangloria de sua situação atual em inovação, mas tomando como base zero, 1 é crescimento de 100%. Falta só 99%.

Adotar uma política de inovação real é estar antenado quanto as tendências do seu setor e do mundo, criar um diferencial frente a concorrência, melhorar sua eficiência, diminuir custos, aumentar a rentabilidade, ser um PMF, apresentar soluções práticas e acessíveis, usando como base à qualificação, motivação e bem-estar da equipe.

E não há estratégia de inovação de sucesso se a sustentabilidade e a economia circular não estiverem integradas no processo.

Dar chance aos modismos marqueteiros é atrasar o desenvolvimento tecnológico.

Se tomássemos cuidado com os aventureiros, talvez estivéssemos numa situação melhor.

Até que ponto a inovação é tratada realmente com foco e compromisso? O quanto é apenas estratégia de marketing?

A inovação não pode ser apenas estar nas redes sociais. É preciso avançar sobre BI, data driven, pesquisa, cenários prospectivos, potencial de matriz produtiva, uso dual, pertinência, qualificação profissional, cocriação, cogestão e análise de dados.

Não precisamos de mais inglês, precisamos de trabalho sério e focado em bom português.

Na prática, nossa inovação é vontade ou boutade?