Corrigir o mal, aperfeiçoar o bem.
Lula
pode ser tudo o que dizem e o que imaginam, menos ingênuo.
Ele
tomou duas fortes pressões logo no início do mandato.
Tentativa de golpe de 8 de janeiro. A resposta foi rápida unindo os três poderes, mesmo o parlamento tendo parcela significativa envolvida e financiando a tentativa. Tomara que tenha um desfecho exemplar com punição a TODOS os envolvidos.
Pressão do "mercado". A Faria Lima tentou emparedar
e pautar o governo protestando pelo direcionamento dos recursos proposto pelo
governo. A resposta de Lula foi colocar nas manchetes o Banco Central, instituição controlada pela Faria Lima e comandada
por um legítimo e declarado bolsonarista e levar a discussão sobre os juros à
mídia. E também venceu esse embate ao expor os dois adversários – Bolsonaro e o
mercado – como responsáveis, além de mostrar que não há unanimidade na questão.
Todos
sabem que o Banco Central é
independente do governo, mas não do mercado. Se não alinhar os dois interesses,
alguém sempre vai pagar.
E
todos sabemos quem é esse alguém.
Agora,
esse alguém precisa sentar e pensar em qual sua responsabilidade nessa
situação.
Seja o
capitão ou Lula, presidentes brasileiros são reféns de uma bancada
fisiológica que o eleitor também elegeu. Como cobrar de um
presidente se o eleitor elege bancadas comprometidas com pautas que são contra
a maioria da população, a Pátria, a vida?
Antes
do final do primeiro ano, o capitão já tinha feito tantas estrepolias
que foi obrigado a entregar o país ao centrão para se livrar do impeachment.
Lula tenta dominar a fúria por recursos públicos dessa turma e tem mais chances de administrar essa relação conflituosa por seu peso e poder político, ter um partido organizado e aliados alinhados, por ações que recuperam o prestígio do cargo, por recolocar o Brasil no cenário internacional e por sua capacidade de articulação com os meios sociais e econômicos para navegar com mais segurança. Falta ainda mais apoio popular explícito, porque será uma luta longa.
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