Pequenas empresas, grandes soluções.
O
setor de prestação de serviços e comércio vive uma mudança que se acentuou na
pandemia e acelerou pós pandemia.
Indústrias
e negócios exponenciais que precisam de grandes mercados e muito capital
continuarão nas mãos de grandes corporações e oligopólios, mas todas criaram
seus próprios hubs de inovação.
Os casos das Americanas, Livraria Cultura, Ricardo Eletro, Lojas Marisa, TokSotk são apenas alguns exemplos e o problema não é apenas má gestão e fraude, envolve uma mudança de comportamento do cliente e do consumidor.
No
setor de supermercados, redes locais ou regionais mostram vigor diante das
grandes redes. No Rio Grande do Sul, redes como Asun (Asun e LeveMais), Imec
(Imec e Desco) e Unidasul (Rissul,
Suprimix, Macromix e outros) mostram apetite apostando em relacionamento
próximo às comunidades.
No
setor de transporte de passageiros, grandes empresas de ônibus esperneiam
diante da chegada do baixo custo e flexibilidade da Flixbus, Buser e Wemobi no transporte intermunicipal e
interestadual.
Na
mobilidade urbana, Garupa, LadyDrive, Fábrica704, InDrive, DriveMachine e Taximachine fogem do confronto com Uber e 99, criando suas próprias
soluções e modelos de negócios e atuando com marca própria ou através de
parceiros para atender pequenas e médias cidades.
As
grandes livrarias também perdem espaço. Saraiva e Cultura tropeçam e pequenas livrarias
de rua como Bamboletras, Santos, Baleia, Cirkula, Calle Corrientes e outras avançam no mercado
gaúcho investindo em nicho, qualidade e soluções inovadoras no relacionamento
com o cliente.
No
setor de serviços, grandes empresas de meios de pagamento e cartões veem sua
seara invadida por novos concorrentes apoiados em tecnologia e valor agregado.
Na área de benefícios corporativos, Flash,
Caju, Swile oferecem soluções que facilitam a vida das pequenas e médias empresas,
principalmente na gestão de pessoas. E empresas de tecnologia, como IFood e
bancos, também ciscam nesse terreiro apoiados em grande portfólio, capilaridade
e recursos financeiros.
Há muitos exemplos em outros
setores e mostra que visão de futuro,
gestão financeira sólida, equipe engajada e talentosa, investimento em tecnologia
e inovação e estratégias eficazes no
relacionamento e fidelização do cliente podem garantir a
sua sobrevivência.
O dilema das grandes empresas é como se manter grande e se movimentar
com a agilidade e a capacidade de inovação dessa concorrência competente em
seduzir, conquistar, surpreender e reter o cliente.
A realidade mostra que pequenas empresas têm grandes soluções.
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