Muitas práticas comuns no Exército, ficaram mais transparente à sociedade nos últimos anos.
Uma delas é o sentido de camaradagem,
quando irmãos de armas compartilham princípios como honra, lealdade e verdade,
sendo confundido com cumplicidade, compactuar
com irresponsáveis, criminosos e traidores.
Nos anos 80, o Exército passou pano nas estrepolias, insubordinações e
crimes do capitão com a ajuda do STM
(Superior Tribunal Militar). Um cidadão com seu perfil jamais poderia ser
reabilitado pelas FFAA. No plano militar é um ex-presidiário, descondenado,
terrorista confesso, mau oficial, péssimo militar, insubmisso, amotinado e
mentiroso. Na esfera civil é misógino, preconceituoso, fariseu, entreguista,
mau político, fisiologista e corrupto confesso. Não podia ser a figura
escolhida por generais golpistas para liderar um movimento.
E mostra como alguns generais resgataram do poço essa figura. Mesmo sendo
parlamentar por 28 anos, só recebeu o certificado de seu curso inconcluso da
ESAO quando foi eleito presidente. Por décadas, o Exército o manteve em seu
lugar, no ostracismo das fileiras
verde oliva.
Talvez tenham sido bons generais, mas são péssimos cidadãos e políticos, colocando a integridade do país, a paz
social e a democracia em risco.
Tinha tudo pra não dar certo e
deu!
Fantasmas da ditadura ainda rondam por aí porque nunca punimos os golpistas devidamente.
Na época da Comissão da Verdade, um oficial superior de uma das turmas da
década de 70 me disse que não podiam permitir revolver o passado para preservar
a memória dos veteranos, “proteger nossos velhinhos” foi a expressão que usou.
Essa mentalidade evita que a verdadeira
história seja escrita, os covardes
conhecidos e os golpistas punidos,
mantendo o país no limbo por décadas.
O espírito não belicoso
brasileiro faz com que o golpismo seja brasa adormecida reativada
periodicamente por malucos. É preciso jogar água abundantemente nessa chama e
ter uma legislação rescaldo, reagindo com rapidez e rigor toda vez que doidos
tentarem reaviva-la.
É preciso um corte, um basta, um golpe de mão objetivo e efetivo que não permita
sobressaltos periódicos à sociedade, afaste as ameaças à democracia e dê paz
duradoura ao país.
Todo o brasileiro consciente e do bem deve assistir o filme argentino, 1985, com inveja e muita vergonha.
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