“A cultura come a estratégia no café da manhã”, Peter Druker
Inovação
sempre foi a base para negócios
sobreviverem a longo prazo e o avanço da tecnologia a colocou no centro das
discussões.
Novidades
e produtos tinham um longo ciclo de vida, sobrevivendo
por anos ou décadas até que chegasse a concorrência com menor preço, mais
qualidade, novo design, mais funcionalidades e usos múltiplos.
Estão aí
os exemplos de Kodak, Blockbuster, Xerox, IBM e outros gigantes que sucumbiram, se reinventaram ou pivotaram radicalmente para sobreviver.
Atualmente,
os ciclos são relâmpagos, o novo de hoje
será velho ou superado amanhã.
A questão
é que temos um novo perfil de
consumidor que já não se emociona por novidades sem propósito e para ter sua
atenção e preferência, marcas precisam ter estratégias
culturais.
O mundo
pós pandemia acelerou o panculturalismo
e hoje a cultura nos une e nos divide.
Compreender
os corações e mentes das pessoas permite atender seus desejos e necessidades, cria
conexões sociais e comunitárias e
orienta sua busca por soluções que antecipam o futuro.
Em resumo, é ouvir e compreender para
agir.
Cultura não é fastfood, tem que ser
vivida, entendida, saboreada e degustada. Uma missão quase impossível quando tudo tenta fragmentar nosso pensamento e abalar
nosso poder de concentração e capacidade analítica.
É uma luta da sociedade contra um sistema
que tenta fazer com que algoritmos nos levem ao comportamento de bando, falemos
pouco e escrevamos menos ainda, sem pensar ou refletir
As empresas devem entender que temos
um novo consumidor segmentado, não
por idade ou gerações, mas por cultura. Atualmente, as pessoas estão conectadas umas às outras e compartilham
experiências mesmo estando separados.
O isolamento devido ao Covid19 levou à
adesão forçada ao digital e criou um momento raro de equalização geracional, quando não à uniformidade entre gerações.
Hoje, todos são digitais, uns mais, outros menos. A distância visível entre as
gerações passadas, se tornou um fio
invisível que conecta as atuais.
A comunicação é omnidirecional criando
uma mentalidade, um padrão cultural, um modo de vida. Há uma forte conexão gerando tendências, movimentos e culturas que impactam o mundo em que vivem, independente de idioma, filosofia, distância
física, limites geográficos, barreiras alfandegárias ou diferenças étnicas. A globalização evoluiu para o globalismo.
Uma evolução que criou uma geração touchless,
unidos por laços invisíveis tão fortes que eles têm poder para influenciar uns
aos outros e espalhar pensamentos, posturas e atitudes além de sua comunidade.
Os
jovens transferem conhecimento
digital aos experientes e estes devolvem formas de melhor aproveitar a
tecnologia e a vida. Os experientes praticam
a empatia ao ajudar os jovens a construir um futuro onde não estarão presentes.
É
uma conexão cultural em que o respeito
impede a arrogância.
Ainda
temos resistentes que querem manter valores e estruturas anacrônicas de outros
séculos. Teimam, esperneiam contra as mudanças querendo que os jovens
permaneçam num mundo que não existe
mais.
É
um tempo de reformulação e redefinição em que as marcas, para se manterem
relevantes nesse novo mundo, devem pensar
o seu presente e agir para o seu
futuro.
É preciso inovar seus conceitos e mentalidade para ser parte relevante dessa nova cultura.
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