Cincopes

on 25 janeiro 2024

POLÍTICA - O BRASIL DOS BRASILEIROS

Tangenciamos problemas ao invés de resolvê-los. Os ministérios temáticos correm o risco de estratificar os brasileiros, excluindo os pobres e comuns em situação de risco.

As lutas sociais com o atendimento pelo governo baseado na estratificação dos brasileiros em nichos é tudo que a extrema direita quer para fazer discursos assertivos usando o medo específico de cada um. Daí surge o negro negativista, o pobre defendendo o patrão, a fé criando demônios e a ideologia amedrontando com fantasmas.


Entendo e defendo as políticas para negros, idosos, jovens e adolescentes em situação de risco, mulheres e povos originários, mas falta a defesa do POBRE, seja quem for, esteja aonde estiver.

Antes de ser pobre, rico, progressista, conservador, ateu, evangélico, católico, preto, branco, originário, imigrante, jovem, idoso, ser humano binário ou não, sulista, nordestino, urbano ou rural, somos TODOS brasileiros.

Precisamos de políticas públicas para a população, um Conselho Nacional de Contribuintes (discutir como e quem pagará com quem realmente paga a conta), ouvir a classe média e falar com os pobres.

O governo Lula precisa parar de falar para vários cercadinhos e encarar um Brasil que o PT não conhece mais. Não é fácil com o Congresso atual, mas é preciso o entendimento e que os grupos parem de defender seu pirão primeiro e passem a lutar, juntos, por um projeto de país.

Os políticos precisam perceber que não existem mais bairros, cidades ou estados físicos. A sociedade vê crescer comunidades da Geração C, formadas por diferentes gerações, etnias, idades, gêneros, ideologias e sem fronteiras que, em segundos, se posicionam contra ou a favor de propósitos e não ideias individuais.

Hoje, o governo convive com quem o odeia, paparica quem o ama e ignora e é ignorado por quem dele precisa.

Apesar da retomada política pós caos b0lson4ro, estabilidade financeira, segurança econômica e a retomada de projetos que atendem a população e o mercado, colocando o país de volta nos trilhos, os índices de aprovação medianos mostrados nas pesquisas mostram isso.

Isso não significa abandonar as políticas setoriais, mas Lula precisa reorganizar a estratégia de seu governo e priorizar o atendimento do maior problema do Brasil, OS POBRES, e eles estão em qualquer religião, ideologia, gênero, etnia ou região.

Se não ouvir as ruas e não entender os números, fatalmente o governo pagará o preço.