“Um homem que não lê, não tem vantagem alguma sobre aquele que não sabe ler”, Mark Twain.
Não somos representativos da sociedade em geral,
seja individualmente ou em grupos sociais.
Nossa ignorância tem origem em
nosso entorno, nossa vida social e nossa clausura. Não somos diversos,
convivemos com pessoas que pensam e agem de forma semelhante.
Ninguém nasce preconceituoso, racista ou extremista, é moldado pelo mundo em seu entorno.
Sair dessa bolha é criar
empatia, entender os diferentes dentro
de sua realidade, não na nossa. Essa atitude nos dá compreensão para poder avaliar
e julgar.
Segundo Hans e Ola Rosling, pai e filho, fundadores da
Gapminder Foundation, esse é o quebra-cabeças
da ignorância.
Nossa ignorância está relacionada ao lugar onde moramos, grupos sociais
que participamos, escola e ambiente de trabalho e, nesses locais, perfeitos
para socializar e ampliar
conhecimento, não há diversidade, além da própria natureza humana sempre nos aproximar de semelhantes.
As próprias notícias são
assim. Há milhões de fatos diários,
mas o que vira notícia ou manchete são definidos por poucos, baseados em seus
interesses pessoais, políticos e comerciais.
E as redes sociais criaram um outro mundo que subverte a realidade, colocando as pessoas e grupos num universo
paralelo baseado em seus desejos, conceitos, ideologia e filosofia. Tudo que
questiona seus princípios é amplificado, falso, mentiroso e um risco à sua
integridade mental e cidadã. Tudo o que você teme, tende a exagerar, gerando
tensão, medo e reatividade desproporcional, sem motivo ou fato real.
A sabedoria grega pregava que quanto maior o raio de conhecimento, maior a circunferência da sensação de ignorância. Quanto menor o
raio de conhecimento, menor a circunferência da sensação de ignorância.
Em resumo, quanto menos sabe,
mais acha que sabe. A esses, a
internet deu voz.
Não somos o mundo, somos parte
do mundo. E nos entender dentro dele
nos dá a dimensão de nosso papel e
nossa ignorância.
Ignorância é produtiva quando
reconhecida e motivadora da busca do
conhecimento fora de nosso mundinho.
Isso nos faz melhor, mais humanos
e felizes.
Corra pra fora da caverna!
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