Tento achar uma palavra para qualificar o congresso, mas não encontro qualquer adjetivo positivo.
Posso dizer que é reacionário com suas tentativas de impedir a evolução social e política.
Moleque? Pelas
atitudes de quinta série (com a devida desculpa aos estudantes).
Irresponsável? Ao não priorizar
ou dar a devida atenção aos assuntos importantes ao país.
Chantagista? Por
eleger presidentes que usam seu poder para chantagear o executivo e ameaçar o
judiciário, além de misturar interesses paroquiais com nacionais.
Fascista? Pelas
iniciativas contra uma parte significativa da sociedade.
Antidemocrático?
Pela tentativa de uma minoria oprimir a maioria.
Oportunista? Por muitos
usarem a casa como palco à fama e monetização do mandato.
Retrógrado? Ao
tentar levar o país de volta ao século XX, quando não ao IX.
Usurário? Pela
forma como usa os recursos públicos.
Sem vergonha? Pela
falta de decoro na média de seus integrantes.
Hipócrita? Por dissimular
seu reacionarismo e preconceito.
Antipatriótico? Pelo
modo que trata os interesses nacionais.
Fariseu? Pela
forma como negocia interesses.
Blasfemo? Por usar
o nome de Deus de forma leviana, desrespeitosa e criminosa.
Seus defensores dirão que seus membros são eleitos e que representam a sociedade.
Eu respondo que deveria ser representativo!
Voto biônico, eleições indiretas, sublegenda,
união de estados oposicionistas, divisão de estados adesistas, representação
desproporcional à população, falso federalismo, territórios virando estados e
criação de currais eleitorais foram alguns dos casuísmos legislativos que deformaram nosso sistema representativo
para preservar a ditadura e que
nunca mais foram corrigidos.
Ele é o grande entulho deixado pela ditadura.
Esse sistema permitiu o surgimento de caciques políticos e, agora, foi tomado
por organizações criminosas e religiosas (às vezes, são a mesma) com
controle sobre as pautas, orçamento e os membros das casas.
Para voltarmos a ter esperança, precisamos de uma reforma
política que torne o parlamento representativo
e proporcional ao estrato da
população com homens públicos conectados à realidade
do país.
Mas se o eleitor não aprender a votar, não entender que o voto no parlamento é tão ou
mais importante que no executivo,
sempre teremos mais do mesmo.
Sufocaremos a esperança e teremos um congresso cada vez pior.
Emoticon Emoticon