Em 2023, o início da queda da taxa de juros, inflação abaixo da meta e PIB três vezes maior que o esperado surpreendeu a todos e trouxe novidades que merecem a atenção dos gestores.
O setor bancário, com alta
imunidade às crises e ainda sem prejuízo,
apresenta uma nova realidade. Os bancos descobriram que as condições para o lucro já não são mais as mesmas.
A visão geral do setor financeiro também é boa quando comparada com o lucro de empresas
fabris, industriais e de serviços.
Como comparação, esse lucro total é 30% maior que todo o investimento
do governo federal em 2023 (R$ 78bilhões) ou mais que o dobro do previsto para 2024 (R$ 59 bilhões) para atender 215
milhões de habitantes. É um lucro de quase R$275
milhões/dia.
E a gente acha que ganha dinheiro numa mega acumulada!
Nada mal, não é? Pra nós!
O pessoal da Febraban diz que
“o pior já passou” porque o lucro médio do setor foi de “apenas” 11% ante os 20% históricos. NENHUMA empresa cresce seu lucro 20% ao ano.
Mas, de perto, vimos que o dinheiro é uma commodittie que não tem
mais gestão uniforme.
Santander (R$ 9,4bi/-21%) e Bradesco (R$
16,3bi/-21%), mesmo com os juros elevados,
tiveram um desempenho aquém do esperado.
Banco do Brasil (R$ 35,6bi/11,4%) e Itaú (R$ 35,6bi/21%) tiveram lucros
bem maiores que seus concorrentes e
com uma rentabilidade acima da
média.
O maior sucesso foi o Banco do
Brasil que mostrou que era exagerado
o temor à gestão sob o novo governo.
A surpresa
é o BTG Pactual (R$ 10,4bi/25,4%), banco de investimento que entrou no top
five, superando o gigante Santander, que deve perder a posição quando a CEF
anunciar seu resultado.
Apesar dos percalços
anunciados e outros vividos como as crises
da Americanas, Marisa, Tok Stok e Casas Bahia e as quedas importantes nos
papeis da Alpargatas, Pão de Açúcar, Magazine Luiza, Renner e Casas Bahia, os
bancos ganharam muito dinheiro.
E o que mostra esse quadro?
Pouco vale tecnologia, um produto que todos querem, novidades e investimento massivo em marketing se não houver uma mentalidade que perceba para onde o
mundo está indo.
Os bancos anunciaram algumas mudanças
a serem implantadas. Investir em TI, menos níveis hierárquicos, estrutura
organizacional ágil e fluida, qualificar pessoal, melhorar estratégias de
relacionamento e reposicionamento no mercado estão entre as propostas para retomar a rentabilidade.
Ser grande, ter muitas agências ou filiais, expandir sem estratégia, forte presença on line, investir em marketing e vender um produto com grande aceitação não garantem o sucesso.
Seja grande, médio ou pequeno, com recursos ou não, tudo se resume em gestão, estratégia e investimentos em tecnologia.
Nada será como antes?
Nada é como antes!
E você, como está se preparando para viver o presente e agir no futuro?
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