O misto de constrangimento e vergonha que as FFAA, principalmente o EB estão passando não são dignas de seus
integrantes.
Foram tragados por arroubos golpistas
de militares ressentidos com a
própria Força ao serem execrados nos anos 77 e 78, por Geisel, que com mão de
ferro e rapidez, sufocou um golpe contra a abertura. São os filhos do general Frota, todos estavam no seu entorno na época.
Geisel tinha muitos defeitos,
mas percebeu que sustentar a ditadura por mais tempo era um risco de
esgarçamento social, político e econômico. A raposa Golbery previu as mudanças e que o fim da guerra fria era questão de tempo. Ele e Geisel agiram rápido internamente para conter os revoltosos.
Na política, lenta e gradualmente,
aprovaram legislação que deu impunidade aos golpistas de 64 (conscientes do seu
erro, legislaram em causa própria).
Os filhos do Frota chegaram ao generalato, a partir de 2010, e com a anomia, omissão e
cumplicidade do alto escalão contagiaram
a tropa com um discurso anacrônico contaminando
fracos de caráter, interesseiros e ingênuos.
Em 2016, atuaram no
impeachment e sequestraram o governo
Temer, fraco e corrupto, e se posicionaram para tomar o poder. Transformaram os quartéis em comitês políticos e as escolas militares em palanques,
lançando candidatos em todo o Brasil. Reativaram o GSI sob sua batuta e lançaram seu candidato, mas são tão ruins de
visão e estratégia que escolheram uma figura péssima como militar, parlamentar, cidadão e político.
Os filhos do Frota viraram uma turma de vovôs sem noção.
Muitas vezes fui execrado em grupos e reuniões porque ousei avisar que
era uma péssima escolha. Não tinha
como dar certo. E não deu!
A atuação do STF é uma boa solução
para o Comando, porque tenho dúvidas se o espírito corporativista não deixaria a impunidade
escapar da 4ª parte do Boletim, de novo. E é uma questão de jurisdição, não cometeram crime
militar, mas crime comum de traição
à Pátria com o agravante de serem militares.
O STM iniciará os processos militares
assim que o STF e a PGR pedirem os indiciamentos.
Uma breve observação sobre a alegação de que Alexandre Moraes não pode presidir o inquérito. Nessa ação
específica, o crime investigado é de tentativa de golpe, traição à Pátria
e contra a ordem social e à Constituição, que atinge a todos os
brasileiros. Se não pode o Alexandre Moraes, não pode qualquer brasileiro.
A punição e enquadramento dos
golpistas e das vivandeiras servem
de bom exemplo aos jovens oficiais
que vêm sendo assediados e doutrinados por uma turma sem caráter.
O país não pode mais contemporizar
com atos dessa natureza ou sempre estaremos vendo uma farda com temor ao invés de orgulho
e segurança.
Há os ignorantes, no bom sentido, que pregam o fim das FFAA, desconhecendo seu papel social e sua responsabilidade
na segurança, desenvolvimento local, formação profissional, segurança
cibernética, ciência e tecnologia, indústria farmacêutica e de defesa, relações
internacionais e combate ao crime e a biopirataria, além de sua principal missão
atual como guarda de fronteira. Seu lema Braço
Forte, Mão Amiga é justo e
verdadeiro.
E se queremos ser uma potência,
(xô, vira-latas), precisamos de
forças armadas.
A generalização é um erro, mas
o corporativismo e vantagens especiais e exclusivas autorizam as pessoas a procederem dessa forma.
O comandante do Coter, legítima
e cautelosamente, pediu ao capitão a
ordem por escrito, mas deveria ter
saído da reunião e relatado ao seu
superior o ocorrido. Se não o fez, é um caso claro de traição à Pátria e prevaricação. Se fez, falta alguém nessa lista.
Meu coração aperta ao
assistir, ler e ouvir uma enxurrada de postos e graduações ligados a atos de
traição, mas não me peçam para ter
vergonha ou deixar de defender a Instituição.
Essa vergonha não é minha.
Selva!
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